Polícia Federal deflagra Operação Aquarium para combater comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção

A Polícia Federal (PF) iniciou nesta quinta-feira (4) a Operação Aquarium, com o objetivo de reprimir o comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção. Os agentes da Delegacia da PF de Macaé, no norte fluminense, estão cumprindo dois mandados de busca e apreensão na cidade de São Pedro da Aldeia, na Região dos Lagos. A ação contou com o apoio do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) no processo de identificação das espécies e averiguação da procedência dos animais.

Animais provenientes da Reserva Extrativista Marinha (Resexmar) de Arraial do Cabo

Durante a Operação, a PF identificou que os animais ameaçados de extinção encontrados podem ser provenientes da Reserva Extrativista Marinha (Resexmar) de Arraial do Cabo. Segundo a PF, os animais serão apreendidos e o ICMBio ficará responsável pelo seu destino, que inclui a soltura na Resexmar, conforme informado em nota.

Relatório do Ibama desencadeia investigação

A investigação teve início após a Polícia Federal receber um relatório de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). O documento apontava para uma vistoria realizada em uma carga de animais marinhos encontrada no galpão de uma companhia aérea no Aeroporto Internacional de Belém. Na carga, foram identificados 22 peixes ornamentais de diversas espécies, com o embarque acontecendo no Aeroporto Santos Dumont, no Rio de Janeiro, com destino final em Belém.

Irregularidades na carga de animais marinhos

De acordo com a PF, a carga foi vendida por uma empresa de São Pedro da Aldeia, especializada na comercialização de peixes ornamentais para o exterior. Durante a fiscalização, foi constatado que a nota fiscal apresentada pela empresa não correspondia aos animais presentes na carga, sendo encontrado, entre outros, espécimes de Linckia guildingi, uma estrela-do-mar listada como ameaçada de extinção. Os animais chegaram mortos em Belém, conforme comunicado oficial da PF.

Proprietária da empresa investigada já tinha sido indiciada por comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção

A investigação também revelou que a proprietária da empresa já havia sido indiciada em 2020 por envolvimento em casos de comércio ilegal de animais marinhos ameaçados de extinção. Mesmo após o indiciamento, a empresária continuou com a prática ilícita.

Continuidade das investigações

A PF continuará com as investigações para identificar outros envolvidos no esquema criminoso, além de buscar a origem dos animais ameaçados de extinção encontrados durante a Operação Aquarium.

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