O presidente do STJD argumenta sobre denúncia de manipulação de jogo
O presidente do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD), José Perdiz de Jesus, abordou a questão da possibilidade de avaliar manipulação de jogo de futebol com base em relatórios de Inteligência Artificial (IA), tema trazido à tona pelo dono do Botafogo, John Textor.
Perdiz destacou que a análise de relatórios de IA não é suficiente para determinar se houve ou não manipulação de jogo. John Textor acusou jogadores do São Paulo de fazerem corpo mole na derrota do tricolor paulista para o Palmeiras por 5 a 0, em outubro de 2023, prejudicando o Botafogo na competição pelo título.
Posicionamento da justiça desportiva
O procurador-geral da STJD, Ronaldo Botelho Piacente, também se manifestou sobre o assunto durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado que investiga manipulação de jogos no futebol brasileiro.
Debates na CPI
Piacente argumentou que análises de empresas de IA como a Good Game precisam ser consideradas apenas como parte de um conjunto de evidências. Destacou que relatórios isolados não são suficientes para comprovar manipulação de resultado, necessitando de outros indícios e provas que justifiquem tal acusação.
Para o procurador-geral, é irresponsável afirmar que houve manipulação apenas com base em análises de IA, pois isso coloca em xeque não apenas os atletas e árbitros, mas toda a competição e a Confederação Brasileira de Futebol (CBF).
Desdobramentos e investigações
Perdiz informou que foi aberto um inquérito para investigar as alegações de Textor. Jogadores, árbitros e demais envolvidos serão ouvidos para esclarecer os fatos. A CPI também ouviu o presidente do São Paulo, Julio Cesar Casaras, que confiou nos seus jogadores e defendeu uma apuração justa e rigorosa das acusações.
Por fim, o relator da CPI, senador Romário, e o presidente da comissão, senador Jorge Kajuru, expressaram suas opiniões sobre o caso, ressaltando a importância de provas concretas para sustentar acusações de manipulação de resultado.
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