Crianças no Haiti aderem a gangues por fome e medo – ONG


Adolescentes haitianos recrutados por gangues enfrentam fome e medo

Um relatório publicado pela Anistia Internacional revelou a difícil realidade enfrentada por adolescentes no Haiti, onde a fome e o medo são as principais armas utilizadas pelas organizações criminosas para recrutar crianças e adolescentes. A situação é tão grave que mais de 80% da capital, Porto Príncipe, é controlada por essas gangues.

Recrutamento forçado e violações dos direitos

De acordo com a Anistia Internacional, 14 meninos e meninas entrevistados afirmaram que foram recrutados por gangues devido à falta de escolha, sendo motivados principalmente pela fome ou pelo medo. Esse recrutamento em massa está formando uma nova geração de membros nas dezenas de gangues que atuam na região metropolitana de Porto Príncipe.

O Haiti enfrenta uma grave crise alimentar, com quase metade da população vivendo em situação de fome aguda, de acordo com o Programa Mundial de Alimentos. O número de crianças recrutadas pelas gangues aumentou em 70% em apenas um ano, representando quase metade dos membros dessas organizações no país, conforme alertado pelo Unicef.

Violência sexual e falta de assistência

O relatório da Anistia Internacional também documentou casos de violência sexual, estupro e comércio sexual promovidos pelas gangues. Meninas relataram ter sido vítimas de estupro coletivo e sequestro, inclusive em centros de acolhimento. A falta de assistência social, psicológica e a ausência de uma polícia eficaz agravam a situação das crianças haitianas, que enfrentam um cenário de extrema vulnerabilidade.

A proibição do aborto, mesmo em casos de estupro, leva muitas meninas a buscar métodos inseguros para interromper a gravidez, evidenciando a urgência de se legalizar o aborto seguro no país.

Apelo à comunidade internacional

A Anistia Internacional faz um apelo à comunidade internacional para que não apenas se manifeste sobre a situação no Haiti, mas também ofereça assistência técnica e financeira para proteger as crianças haitianas. Além disso, a organização pede que sejam tomadas medidas para controlar a venda ilegal de armas que chegam ao país, principalmente dos Estados Unidos.

Desde o assassinato do presidente Jovenel Moïse em julho de 2021, a crise de segurança no Haiti vem se agravando, com o aumento do poder das gangues que dominam vastas regiões do país. Em resposta a essa situação, o Conselho de Segurança da ONU autorizou o envio de uma força internacional para auxiliar a Polícia Nacional do Haiti, buscando restaurar a segurança e a ordem no país.

Brasil alcança marca de 500 mil mortes por Covid-19

No último sábado, o Brasil atingiu a marca de 500 mil mortes causadas pela Covid-19. O país, que já ocupava o segundo lugar no mundo em número de óbitos pela doença, agora se encontra em uma situação ainda mais crítica, com a marca simbólica de meio milhão de vidas perdidas para o coronavírus.

Os números alarmantes refletem a gravidade da situação da pandemia no Brasil, que já sofre com a falta de leitos de UTI, escassez de medicamentos e vacinas, além da lentidão na campanha de imunização. O Sistema Único de Saúde (SUS) tem enfrentado um colapso em diversas regiões do país, com hospitais lotados e profissionais de saúde exaustos.

Para especialistas, a marca de 500 mil mortes é um triste marco que poderia ter sido evitado com medidas mais eficazes de combate à pandemia, como o lockdown mais rigoroso e a aceleração da vacinação em massa da população. O Brasil, que já foi considerado um exemplo no enfrentamento de epidemias, agora enfrenta uma crise sanitária sem precedentes.

O presidente Jair Bolsonaro, que desde o início da pandemia minimizou a gravidade do coronavírus e se opôs a medidas de restrição, tem sido alvo de críticas por sua postura negacionista e pela demora na aquisição de vacinas. Enquanto outros países avançavam na imunização de suas populações, o Brasil enfrentava a falta de doses e a lentidão na produção nacional de imunizantes.

Diante desse cenário desolador, é urgente que as autoridades tomem medidas efetivas para conter o avanço da pandemia e evitar mais mortes. A população brasileira clama por vacinas, por leitos de UTI e por um plano de governo que priorize a saúde e o bem-estar da população.

Enquanto isso, o país segue enfrentando uma crise sem precedentes, com milhares de famílias enlutadas e uma economia fragilizada. A Covid-19 deixou um rastro de destruição no Brasil, e a marca de 500 mil mortes é um lembrete trágico do descaso e da incompetência das autoridades em lidar com a maior crise sanitária da história recente.

É hora de unir esforços, de superar as divergências políticas e de trabalhar em conjunto para salvar vidas e proteger a população. A vacinação em massa, o respeito às medidas de distanciamento social e o fortalecimento do sistema de saúde são fundamentais para superar esse momento difícil e evitar que mais vidas sejam perdidas para a Covid-19.

Que a marca de 500 mil mortes sirva de alerta para que o Brasil possa aprender com os erros do passado e traçar um novo caminho rumo à recuperação e à reconstrução de um país mais justo, solidário e resiliente diante das adversidades.

Já segue o macuxi nas redes sociais? Acompanhe todas as notícias em nosso Instagram, Twitter, Facebook, Telegram e também no Tiktok