Ciclone deixa ao menos 38 mortos na Índia e em Bangladesh

Impactos do ciclone Remal

A passagem do ciclone Remal deixou um rastro de destruição na Índia e em Bangladesh, resultando na morte de pelo menos 38 pessoas, segundo autoridades locais. Na Índia, foram registrados 21 óbitos, sendo 12 deles decorrentes do desabamento de uma pedreira no estado de Mizoram, nordeste do país. Já em Bangladesh, 17 mortes foram confirmadas pelas autoridades.

Longa duração do ciclone

O ciclone Remal foi descrito pelo diretor do departamento meteorológico público de Bangladesh, Azizur Rahman, como um dos fenômenos de formação mais rápida e de maior duração já registrados na região. Com mais de 36 horas de atividade desde que tocou o solo no domingo, o ciclone superou o recorde anterior de 34 horas estabelecido pelo ciclone Aila em 2009.

Impacto das mudanças climáticas

O aumento na frequência e intensidade de supertempestades em Bangladesh tem sido atribuído ao impacto das mudanças climáticas. Nas últimas décadas, o país tem enfrentado um aumento no número de tempestades mortais, resultando em centenas de milhares de mortes. O diretor do departamento meteorológico ressaltou a rápida formação do ciclone Remal e sua longa duração como consequências diretas das mudanças climáticas.

Consequências do ciclone

O ministro para a gestão de desastres, Mohibbur Rahman, informou que 3,75 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade, com milhares de casas destruídas ou danificadas. Apesar disso, avanços nos sistemas de previsão e evacuação resultaram em uma redução significativa no número de mortes causadas por ciclones na região. Desta vez, um milhão de pessoas conseguiram deixar as áreas de risco antes da chegada do fenômeno.

Depoimento de sobrevivente

Uma sobrevivente, Asma Khatun, relatou a intensidade da tempestade em sua cidade costeira de Patuakhali, descrevendo a situação como nunca antes vista. A chuva incessante e os ventos intensos mantiveram os moradores presos por dias, destacando a gravidade do impacto do ciclone Remal.

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