Brasil pode recorrer à OMC contra tarifaço dos EUA

Brasil avalia possibilidade de recorrer à OMC contra tarifaço dos EUA

O Brasil não descarta a possibilidade de recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC) contra o tarifaço dos Estados Unidos, informaram os ministérios das Relações Exteriores (Itamaraty) e do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços (Mdic). A prioridade do governo brasileiro é negociar a reversão das medidas anunciadas por Donald Trump.

Estratégias de negociação

O governo brasileiro mantém aberto o diálogo com os Estados Unidos para reverter as medidas e contrarrestar seus efeitos. Ao mesmo tempo, avalia todas as possibilidades de ação para assegurar a reciprocidade no comércio bilateral, incluindo o recurso à OMC. A nota conjunta ressalta a defesa dos interesses nacionais e a violação das regras da OMC pelas medidas de Trump.

Lei da Reciprocidade

O comunicado destaca a aprovação, em caráter de urgência, do projeto de lei que autoriza o Brasil a retaliar países ou blocos que imponham barreiras comerciais a produtos brasileiros, conhecido como Lei da Reciprocidade.

Impacto nas exportações

A sobretaxação de 10% para os produtos brasileiros impactará todas as exportações do país para os Estados Unidos, seu segundo maior parceiro comercial. O governo pretende atuar em conjunto com as empresas afetadas para defender os interesses comerciais do Brasil.

Em defesa dos trabalhadores e das empresas brasileiras, o governo buscará, em consulta com o setor privado, defender os interesses dos produtores nacionais junto ao governo dos Estados Unidos.

Estatísticas comerciais

Os ministérios mencionaram as estatísticas comerciais do governo norte-americano, destacando o superávit comercial dos EUA com o Brasil. Em 2024, o superávit foi de US$ 7 bilhões em bens e US$ 28,6 bilhões em bens e serviços. Nos últimos 15 anos, o superávit comercial dos EUA com o Brasil ultrapassa US$ 400 bilhões.

O governo brasileiro considera que a imposição unilateral de tarifas por Trump não reflete a realidade, uma vez que os EUA registram superávits comerciais expressivos com o Brasil ao longo dos anos.

Fonte: Agência Brasil

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