
Julgamento de Bolsonaro e mais sete réus pela trama golpista traz tensão para o país, diz presidente do STF
O presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), ministro Luís Roberto Barroso, declarou nesta segunda-feira (25) que o julgamento do ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete réus pela trama golpista traz “algum grau de tensão” para o país.

Durante um evento na Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), Barroso enfatizou que o resultado do julgamento, seja pela condenação ou absolvição dos réus, será pautado pelas provas apresentadas e ocorrerá dentro do devido processo legal em sessões públicas.
“Nós vivemos esse momento tenso, inevitável, dos julgamentos do 8 de janeiro e dos julgamentos do que, segundo a denúncia do procurador-geral da República, teria sido uma tentativa de golpe de Estado. É evidente que esses episódios trazem algum grau de tensão para o país”, afirmou.
O ministro também fez um breve retrospecto das tentativas de quebra da legalidade constitucional ao longo da história do Brasil, destacando a importância de “encerrar um ciclo” nesse sentido.
“É imperativo o julgamento, porque o país precisa encerrar o ciclo em que se considerava legítima e aceitável a quebra de legalidade constitucional por não gostar do resultado eleitoral”, completou.
Julgamento de Bolsonaro e mais sete réus
O julgamento de Jair Bolsonaro e mais sete réus será conduzido pela Primeira Turma do Supremo Tribunal Federal, composta pelos ministros Flávio Dino, Cristiano Zanin, Cármen Lúcia e Luiz Fux. As sessões estão agendadas para ocorrer entre os dias 2 e 12 de setembro.
Os réus são acusados de crimes como organização criminosa armada, tentativa de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado pela violência e grave ameaça, além de deterioração de patrimônio tombado. Em caso de condenação, as penas podem ultrapassar 30 anos de prisão.
São réus do núcleo crucial da trama golpista:
- Jair Bolsonaro – ex-presidente da República;
- Alexandre Ramagem – ex-diretor da Agência Brasileira de Inteligência (Abin);
- Almir Garnier – ex-comandante da Marinha;
- Anderson Torres – ex-ministro da Justiça e ex-secretário de Segurança do Distrito Federal;
- Augusto Heleno – ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional;
- Paulo Sérgio Nogueira (general), ex-ministro da Defesa;
- Walter Braga Netto – ex-ministro de Bolsonaro e candidato à vice na chapa de 2022;
- Mauro Cid (tenente-coronel), ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro.
Fonte: Agência Brasil
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