Itália apreende mais de seis toneladas de componentes químicos chineses
As autoridades italianas anunciaram nesta segunda-feira (1) a apreensão de mais de seis toneladas de componentes químicos procedentes da China que teriam possibilitado a produção de milhões de comprimidos de MDMA, como o ecstasy, avaliados em 630 milhões de euros.
Detalhes da apreensão
Segundo informações da Alfândega italiana, os investigadores apreenderam mercadorias contendo um total de 6,337 toneladas de precursores de droga, que teriam permitido a produção de mais de 63 milhões de comprimidos de MDMA.
Investigações em andamento
Dois cidadãos chineses foram detidos nos Países Baixos e um empresário em Milão é alvo de uma investigação preliminar, suspeito de supervisar as operações de importação dos precursores.
Descoberta da carga ilegal
A primeira apreensão ocorreu em 2022 no aeroporto Malpensa de Milão, durante uma inspeção de mercadorias declaradas como “revestimento em pó de poliéster”. No entanto, os produtos eram grãos de pó branco e flocos amarelados não conformes. O pó encontrado era PMK, um produto precursor do ecstasy usado na fabricação de perfumes.
Quantidade apreendida
Os agentes interceptaram 2,124 toneladas de BMK, precursor da anfetamina e da metanfetamina, e 4,213 toneladas de PMK nos depósitos do empresário na região de Varese.
Impacto no mercado europeu
Com as 6,337 toneladas de PMK e BMK apreendidas, seria possível produzir mais de 63 milhões de comprimidos de MDMA, gerando lucros ilegais de 630 milhões de euros e inundando o mercado europeu de drogas.
Cooperação internacional
A polícia dos Países Baixos, em colaboração com autoridades italianas e Eurojust, identificou locais de armazenamento e apreendeu drogas como PMK, ketamina, metilamina e haxixe. Enquanto isso, o governo chinês se manifestou sobre o caso, afirmando estar disposto a cooperar no combate ao tráfico de drogas.
Papel da China na produção de precursores químicos
A China é o maior produtor mundial de precursores químicos usados na fabricação de drogas sintéticas, e os Estados Unidos acusam o país de não fazer o suficiente para combater a produção e exportação desses componentes, principalmente para o mercado americano.
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