Ucrânia vai recrutar presos para reforçar exército; Putin defende exercícios militares nucleares

Ucrânia aprova lei para recrutar criminosos já condenados para lutar contra a Rússia em troca de liberdade condicional

O Legislativo da Ucrânia aprovou uma lei na quarta-feira (8) para que criminosos que já foram condenados pela Justiça sejam recrutados para lutar contra a Rússia na guerra e, em troca, recebam liberdade condicional. A lei ainda não está em vigor; o texto ainda precisa ser sancionado pelo presidente Volodymyr Zelensky.

‘Situação muito difícil’ na guerra

O presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, afirmou nesta quinta-feira (9) que o exército do país enfrenta “uma situação realmente muito difícil”, principalmente na região leste, onde as tropas precisam conter o avanço das forças russas.

A Rússia tem explorado alguns problemas dos ucranianos, como a falta de munição e de soldados. Os russos têm atacado mais no norte e no leste, e têm tido vantagens no campo de batalha, segundo Zelensky.

Os ucranianos aguardam a chegada de um pacote de ajuda militar dos EUA que foi aprovado pelo Congresso dos EUA no fim de abril.

Putin diz que exercício com armas nucleares é comum

O presidente russo, Vladimir Putin, afirmou nesta quinta-feira (9) que é normal fazer exercícios militares com o emprego de armas táticas nucleares (armas para serem usadas no campo de batalha, e não em cidades, como as bombas “Little Boy” e “Fat Man”, que foram jogadas pelos americanos em Hiroshima e Nagasaki, no Japão, no fim da Segunda Guerra).

Na segunda-feira, a Rússia afirmou que ia treinar o emprego de armas táticas nucleares como parte de um exercício militar no sul do território russo, em conjunto com a Belarus.

O governo russo afirma que recebeu ameaças da França, Reino Unido e Estados Unidos.

“Não há nada incomum nisso, isso é trabalho planejado, é treinamento”, afirmou Putin, de acordo com a agência de notícias Tass.

Rússia diz que Otan não deve enviar tropas

A Rússia disse nesta quarta-feira que o envio de tropas da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) para a Ucrânia seria extremamente perigoso e que está atenta a uma petição ucraniana que pede tal intervenção.

A Otan tem apoiado a Ucrânia na guerra, fornecendo-lhe armas cada vez mais poderosas, incluindo tanques e mísseis de longo alcance, mas não interveio diretamente com tropas – algo que o presidente dos EUA, Joe Biden, e o presidente russo, Vladimir Putin, têm alertado que poderia levar à Terceira Guerra Mundial.

O presidente da França, Emmanuel Macron, disse que a questão do envio de tropas ocidentais para a Ucrânia surgirá “legitimamente” se a Rússia romper as linhas ucranianas e Kiev solicitá-las.

A porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da Rússia, Maria Zakharova, disse nesta quarta-feira que a Rússia teria como alvo as tropas francesas se elas fossem enviadas à Ucrânia.

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