Trump dá ultimato ao Hamas e espera resposta em três ou quatro dias

O presidente norte-americano, Donald Trump, anunciou nesta terça-feira (30) que aguardará a resposta do Hamas por mais três ou quatro dias em relação ao seu plano para encerrar a guerra na Faixa de Gaza. O líder dos Estados Unidos revelou um plano de 21 pontos na segunda-feira (29), ao lado do primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, que demonstrou apoio à proposta.

“Vamos esperar uns três ou quatro dias”, afirmou Trump.

Trump destacou que todos os países árabes, países muçulmanos e Israel concordaram com o plano, ficando apenas a expectativa pela resposta do Hamas. Caso o grupo não aceite o acordo proposto, Trump ameaçou o Hamas com consequências severas. O presidente mencionou que o Hamas estaria se encaminhando para um desfecho “muito triste” caso não aceite o plano apresentado.

Mais tarde, em uma reunião com generais e almirantes norte-americanos em Quântico, na Virgínia, Trump reforçou sua posição, afirmando que o Hamas enfrentará o “inferno” caso não assine o acordo proposto. Ele ressaltou a importância da assinatura para o bem do grupo e a criação de uma solução grandiosa.

Plano de Trump recebe apoio internacional, mas enfrenta críticas

O plano de Trump recebeu apoio internacional, apesar de críticas de analistas que consideraram a exclusão do Hamas das negociações como uma decisão questionável. O Catar, tradicional apoiador das negociações com o Hamas, prometeu colaborar com os EUA e Israel em prol da paz. O apoio dos países árabes ao plano pode resultar no isolamento do grupo palestino.

O enviado israelense à ONU, Danny Danon, reiterou o posicionamento de Netanyahu na Casa Branca e declarou que, caso o Hamas rejeite o plano, Israel tomará medidas para trazer os reféns de volta para casa, seja de forma fácil ou difícil. Danon enfatizou a urgência da situação e a necessidade de encerrar a violência desencadeada pelo grupo palestino.

O secretário-geral das Nações Unidas, António Guterres, fez um apelo para que todas as partes envolvidas aceitem o plano de Trump e se comprometam com sua implementação. Guterres elogiou o papel dos países árabes e muçulmanos na concretização do acordo.

Ceticismo em Gaza em relação ao plano proposto

O plano norte-americano prevê um cessar-fogo, a libertação dos reféns mantidos pelo Hamas em 72 horas, o desarmamento do grupo islâmico, a retirada gradual do exército israelense, o envio de uma força internacional e o estabelecimento de uma autoridade de transição. Contudo, os palestinos em Gaza demonstraram ceticismo em relação ao acordo.

Para os palestinos, a ausência do Hamas nas negociações e a exigência de renúncia do grupo ao governo da Faixa de Gaza representam obstáculos significativos para a implementação do plano. Alguns habitantes de Gaza consideraram as condições propostas por Trump como não realistas.

Apesar da incerteza em relação à resposta do Hamas, Trump afirmou que merece o Prêmio Nobel da Paz por seus esforços. O presidente dos EUA declarou que seria um insulto aos Estados Unidos não receber o prêmio, destacando que não seria justo premiar alguém que não fez nada.

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