Tribunal de Justiça de São Paulo concede liberdade provisória a jogadoras do River Plate
O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJ-SP) concedeu liberdade provisória nesta sexta-feira (27) às quatro jogadoras do time feminino do River Plate, que estavam presas em flagrante por injúria racial durante um jogo contra o Grêmio, em São Paulo, no dia 20 de dezembro.
Decisão do juiz Fernando Oliveira Camargo
O juiz Fernando Oliveira Camargo determinou que as atletas Camila Duarte Juana Cángaro, Candela Díaz e Milagros Díaz terão que cumprir medidas cautelares, como comparecerem em juízo mensalmente para justificar suas atividades. Além disso, não poderão mudar de endereço sem prévia comunicação ao TJ-SP. O magistrado também exigiu um depósito no valor de R$ 25 mil, a ser feito em até cinco dias, para garantir uma eventual indenização à vítima, sob pena de revogação da liberdade provisória.
Detenção e confusão no jogo
As quatro jogadoras do time argentino foram detidas há uma semana, após uma confusão generalizada durante o jogo contra o Grêmio pela Ladies Cup, torneio de futebol feminino, no Estádio Canindé, em São Paulo. A volante Candela Díaz foi flagrada imitando um macaco na direção do gandula, o que iniciou o tumulto. As adversárias reagiram aos insultos e uma discussão se seguiu. Seis atletas do River Plate foram expulsas e a partida foi encerrada. Após o incidente, o River Plate foi excluído da competição e das próximas duas edições do torneio.
Após o registro de boletim de ocorrência pelo Grêmio na 6ª delegacia, as quatro jogadoras argentinas envolvidas no tumulto foram detidas em flagrante, acusadas de insultos racistas. No sábado (21), as prisões foram convertidas em preventivas e as atletas foram encaminhadas para a Penitenciária do Carandiru, passando o Natal detidas, já que tiveram o pedido de habeas corpus negado na última terça-feira (24).
Fonte: Agência Brasil
