O Tesouro Nacional captou US$ 2,5 bilhões de investidores internacionais com aumento de juros em relação às últimas emissões, mas com redução na diferença em relação aos juros norte-americanos. O dinheiro veio do lançamento, nesta terça-feira (18), de US$ 2,5 bilhões de um novo papel da dívida externa com vencimento em 2035.
De acordo com o Tesouro Nacional, a demanda superou o volume emitido, chegando a cerca de US$ 6,5 bilhões em seu pico. A participação de investidores estrangeiros foi expressiva, com 64% dos compradores da Europa e da América do Norte e 28% da América Latina, incluindo o Brasil.
A taxa obtida na emissão dos papéis de dez anos foi de 6,75% ao ano, a mais alta desde fevereiro de 2005. Isso ocorre em um cenário de aumento dos juros nos Estados Unidos, que estão estáveis entre 4,25% e 4,5% ao ano desde dezembro.
O spread, que é a diferença entre os títulos brasileiros de dez anos e os papéis do Tesouro norte-americano com o mesmo prazo, caiu para 220 pontos-base, a menor desde novembro de 2019.
Os recursos captados no exterior serão incorporados às reservas internacionais do país em 25 de fevereiro. O objetivo das emissões de títulos no exterior não é apenas reforçar as divisas do país, mas também fornecer um referencial para empresas brasileiras que pretendem captar recursos no mercado financeiro internacional.
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