
Telegram passa a monitorar e remover compartilhamento de materiais de abuso infantil
O mensageiro Telegram voltou atrás nas próprias políticas e agora vai passar a monitorar e remover o compartilhamento de materiais de abuso infantil no aplicativo. A mais recente ação nesse sentido é a parceria com um importante órgão independente do setor.
Tecnologia aliada ao combate ao crime
O Telegram é o mais novo parceiro da Internet Watch Foundation (IWF), uma organização britânica de atuação global que ajuda companhias de tecnologia no combate a esses materiais em seus próprios ambientes. Como resultado, a plataforma agora terá novas orientações, bases de dados e até ferramentas para procurar, identificar e bloquear conteúdos criminosos mais rapidamente.
Além de lidar com imagens e vídeos, as ferramentas também identificam materiais criados por inteligência artificial (IA) e links que levam para páginas de compartilhamento desse tipo de conteúdo.
A própria IWF recebe desde 2022 uma quantidade alarmante de denúncias sobre o compartilhamento de materiais de abuso infantil no Telegram, inclusive conteúdo da categoria considerada mais grave. Segundo o órgão, o mensageiro removeu imagens e vídeos quando solicitado.
Mudança de postura do Telegram
Essa é a primeira vez que o Telegram faz uma aliança com uma organização da área. Até agora, o serviço mantinha apenas políticas próprias de combate a quem descumpria os termos de uso, mas privilegiava o discurso de liberdade de expressão e tendia a não colaborar com autoridades em investigações.
As atitudes da companhia começaram a mudar após agosto de 2024, quando o cofundador e CEO do Telegram, Pavel Durov, foi preso na França. O executivo, que ainda não teve o caso julgado, foi acusado de ser cúmplice no gerenciamento de uma plataforma que permitia a prática de atividades ilícitas e também por supostamente permitir transações ilegais em grupos organizados.
Após a prisão e soltura de Durov, o Telegram começou a anunciar novas medidas de moderação e até maior abertura para colaborar com a Justiça em casos envolvendo crimes cometidos pelo app.
Fonte: Tecmundo
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