Taxa de juros do cartão de crédito reduz em fevereiro

Taxa média de juros do cartão de crédito rotativo tem redução pelo segundo mês seguido

Pelo segundo mês consecutivo, a taxa média de juros do cartão de crédito rotativo teve uma redução significativa para as famílias brasileiras. Os dados divulgados pelo Banco Central revelam que a taxa passou de 419,3% ao ano em janeiro para 412,5% ao ano em fevereiro de 2023. Essa queda representa 6,8 pontos percentuais em apenas um mês e 7,9 pontos percentuais em 12 meses, demonstrando uma diminuição expressiva nesse período.

Legislação e modalidades de crédito

O crédito rotativo é uma modalidade que dura 30 dias e é acionado quando o consumidor paga menos que o valor total da fatura do cartão, gerando um empréstimo com a cobrança de juros sobre o valor não quitado. Essa modalidade costuma apresentar as taxas mais altas do mercado. Porém, em janeiro de 2023, uma nova legislação entrou em vigor limitando os juros do rotativo a 100% do valor da dívida, em oposição aos mais de 400% ao ano cobrados anteriormente. Apesar da medida, ela se aplica somente a novos financiamentos, o que contribui para manter as estatísticas em patamares elevados.

Impacto nos juros das famílias

No que diz respeito aos juros do cartão de crédito, eles foram os principais responsáveis pela redução na taxa média de juros cobrada das famílias em fevereiro. Em contrapartida, os juros do cheque especial apresentaram um aumento de 6 pontos percentuais no mês, mas uma redução de 2,9 pontos percentuais em 12 meses, totalizando 131,8% ao ano. No geral, considerando todas as modalidades de crédito disponíveis para pessoas físicas, a taxa média de juros atingiu 52,5% ao ano, com uma diminuição mensal de 0,1 ponto percentual e de 6,0 pontos percentuais em 12 meses.

Cenário econômico e cenário internacional

O cenário econômico atual mostra um panorama favorável em relação aos juros bancários médios, acompanhando a redução da taxa básica de juros da economia, a Selic. Por seis vezes consecutivas, o Copom (Comitê de Política Monetária) baixou a Selic, que agora está em 10,75% ao ano. Essa redução é reflexo do controle da inflação e do estímulo à produção e consumo, considerando o período de recuperação econômica pós-crise.

Com base nos dados divulgados pelo Banco Central, o volume das operações de crédito no Sistema Financeiro Nacional alcançou R$ 501,6 bilhões em fevereiro, demonstrando uma queda de 0,3% no mês, mas um aumento de 5,3% em 12 meses. Já o estoque total de crédito concedido pelos bancos atingiu R$ 5,796 trilhões, representando um crescimento de 0,2% em relação a janeiro e 8% em 12 meses. Esse desempenho foi impulsionado por um aumento de 0,5% no crédito destinado às famílias, totalizando R$ 3,578 trilhões.

Conclusão

Diante desse cenário, as taxas médias de juros apontam para uma desaceleração, acompanhando as atuais medidas do governo e do Banco Central para estimular a economia e garantir a estabilidade financeira das famílias e empresas brasileiras. É essencial acompanhar de perto esses indicadores para compreender o panorama econômico do país e as perspectivas para o mercado de crédito nos próximos meses.

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