Superávit de US$ 7,482 bi na balança comercial em março

Balança comercial tem superávit reduzido em março

A queda de preços da soja e do petróleo, aliada ao feriado de Semana Santa, contribuíram para a diminuição do superávit da balança comercial em março. Segundo o Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, o país exportou US$ 7,482 bilhões a mais do que importou no mês passado.

Esse resultado representa uma queda de 30,4% em relação ao mesmo período do ano passado, mas ainda é o terceiro melhor para meses de março, ficando atrás apenas dos recordes de março de 2022 e 2023.

Desempenho no primeiro trimestre de 2024

Apesar da redução em março, a balança comercial acumula um superávit de US$ 19,078 bilhões nos três primeiros meses deste ano, o maior resultado para o período desde 1989. Isso representa um aumento de 22,2% em comparação ao mesmo período de 2023.

No mês passado, as exportações caíram mais do que as importações, com uma redução de 14,8% nos produtos enviados para o exterior e de 7,1% nas compras do exterior. Esse cenário se deve em parte ao menor número de dias úteis em março, devido ao feriado da Semana Santa.

Impacto nos setores

No setor agropecuário, a exportação de soja, milho não moído e arroz foi significativamente afetada, com quedas expressivas em março. Na indústria de transformação, produtos como carnes de aves, farelo de soja e ferro-gusa também registraram redução nas exportações. Já na indústria extrativa, minérios de cobre e óleos brutos de petróleo apresentaram os maiores declínios.

Para os importados, produtos como trigo, café não torrado e adubos químicos tiveram reduções consideráveis. A guerra entre Rússia e Ucrânia continuou impactando as compras de fertilizantes, enquanto o valor do minério de ferro teve um aumento.

Projeções para 2024

Com a queda nos preços das commodities, o governo revisou para baixo a projeção de superávit comercial para o ano, de US$ 94,4 bilhões para US$ 73,5 bilhões. As estimativas indicam que as exportações terão uma queda de 2,1%, enquanto as importações devem aumentar em 7,6%, refletindo a recuperação da economia e a estabilidade dos preços internacionais.

Essas previsões do governo são mais pessimistas do que as do mercado financeiro, que projeta um superávit de US$ 82 bilhões em 2024, de acordo com o boletim Focus do Banco Central.

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