Suécia, novo membro da Otan, aceita armas atômicas em guerra

Primeiro-ministro da Suécia considera receber armas nucleares em caso de guerra

O primeiro-ministro da Suécia, país que entrou na Otan por conta da proximidade com a Rússia, se disse nesta segunda-feira aberto a receber armas nucleares em seu país em um cenário de guerra.

Ulf Kristersson e a possibilidade de armas nucleares

Ulf Kristersson, o premiê sueco, se referiu à possibilidade de que os Estados Unidos enviem a seu território, próximo da Rússia, esse tipo de armamento.

Parlamento sueco votará Acordo de Cooperação em Defesa

O Parlamento da Suécia, que em março se tornou o novo membro da Otan, votará em junho um Acordo de Cooperação em Defesa com os Estados Unidos, o que dará às Forças Armadas norte-americanas acesso às bases militares suecas e permitirá o armazenamento de equipamentos e armas.

Posição de entidades civis suecas

Nas últimas semanas, entidades civis suecas têm exigido que o governo negue a implantação de armas nucleares em seu território. No entanto, o premiê sueco declarou nesta segunda-feira que, diante de um contexto bélico, a situação seria diferente.

Decisão final será da Suécia

“Em uma situação de guerra, a coisa é muito diferente, e dependeria completamente do que acontecer”, afirmou Kristersson à rádio pública sueca. “No pior dos casos, os países democráticos nesta parte do mundo devem ser capazes de se defender de países que possam nos ameaçar com armas atômicas”, argumentou.

Ele disse, porém, que a decisão final será da Suécia, e não dos EUA. “A Suécia decide sobre o território sueco”, reforçou o primeiro-ministro.

Suécia e a Otan

Preocupada com as consequências regionais da invasão da Ucrânia pela Rússia, a Suécia rompeu com décadas de neutralidade e se tornou membro da Otan em março.

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