Rússia admite guerra e faz maior ofensiva de 2021 na Ucrânia

Rússia admite que conflito na Ucrânia é uma guerra

Pela primeira vez desde que invadiu a Ucrânia, há mais de dois anos, a Rússia usou o termo “guerra” para se referir aos ataques ao país vizinho.

Anúncio oficial do Kremlin

Nesta sexta-feira (22), o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, afirmou que a “operação militar especial” das tropas russas na Ucrânia se transformou de fato em uma guerra.

Mudança de discurso

Desde que o conflito começou em 24 de fevereiro de 2022, o governo russo se referia a ele como “operação militar especial” e proibiu a imprensa e a população do país de usar o termo “guerra”.

“Esta é uma operação militar especial, mas, de fato, na verdade, para nós transformou-se numa guerra depois de o Ocidente aumentar cada vez mais diretamente o nível do seu envolvimento no conflito”, declarou Peskov nesta sexta.

Intensificação dos ataques

A mudança de terminologia ocorre após a reeleição do presidente russo, Vladimir Putin, na semana passada, e no mesmo dia em que a Rússia realizou o maior ataque na Ucrânia deste ano e o maior bombardeio à infraestrutura do país desde o início da guerra.

Segundo o Ministério da Defesa da Ucrânia, 90 mísseis e 60 drones foram lançados pela Rússia e atingiram diversas cidades do país, incluindo a capital, Kiev. Duas pessoas morreram e várias ficaram feridas.

Ataques a infraestrutura

Os alvos dos ataques foram centrais elétricas e linhas de fornecimento de energia, gerando apagões por todo o país, de acordo com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky.

Desde o final do ano passado, a Rússia tem conseguido avançar nas frentes na Ucrânia e intensificar os ataques, após mais de um ano de estagnação na guerra.

Impacto dos ataques

Zelensky destacou que o avanço russo demonstra a gravidade dos atrasos no envio de recursos e armamentos pelos Estados Unidos e pela Europa à Ucrânia. Na quinta-feira (21), Kiev já havia sido alvo de fortes ataques russos.

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