Redução na conta de luz desacelera custo de vida em SP

Custo de Vida Diminui para Classes D e E em São Paulo

No mês de janeiro, o custo de vida apresentou uma redução para as classes D e E na região metropolitana de São Paulo, de acordo com a pesquisa Custo de Vida por Classe Social da FecomercioSP. O índice registrou um aumento geral de 0,06%, o menor desde janeiro de 2018, quando os custos subiram 0,05%.

Tendência Temporária

No entanto, a tendência de diminuição no custo de vida é considerada temporária, conforme apontado pelo estudo. A FecomercioSP ressalta que essa redução não reflete uma mudança estrutural na tendência de alta dos preços, sendo resultado de fatores pontuais, como a significativa diminuição do preço médio da energia elétrica.

Inflação Prevista para Fevereiro

A FecomercioSP prevê que a inflação voltará a subir em fevereiro, principalmente devido ao aumento no grupo de transportes com os reajustes nos preços da gasolina e do óleo diesel. Além disso, os alimentos também podem contribuir para esse aumento, conforme explicado na nota técnica do estudo.

No levantamento de janeiro, as classes D e E apresentaram uma queda no custo de vida de 0,17% e 0,13%, respectivamente. Por outro lado, as classes A e B registraram aumentos de 0,25% e 0,16%, respectivamente.

Variações nos Preços por Segmento

Além da energia e habitação, a pesquisa apontou que houve uma redução nos preços de vestuário, enquanto alimentos, saúde e transportes tiveram aumentos, sendo que a recomposição das tarifas de transporte público impactou negativamente a população.

Entre os “vilões” do levantamento estão os aumentos no preço do café moído (8,8%), tomate (18,9%) e cenoura (16,8%), enquanto as carnes tiveram uma queda de 0,79% após cinco meses de alta, influenciadas pela estabilização no preço da carne bovina. O aumento nos preços dos medicamentos também foi percebido por todas as classes sociais.

“A diferença na percepção da inflação entre as faixas de renda está diretamente ligada à distribuição dos gastos. As classes de menor poder aquisitivo concentram seus orçamentos em itens essenciais, tornando os aumentos desses produtos mais perceptíveis. Já os grupos de renda mais alta enfrentam variações de preços em uma cesta de consumo mais diversificada, o que dilui o efeito da inflação”, explica a nota técnica do estudo.

No acumulado dos últimos 12 meses, o custo de vida registrou um aumento de 4,76%. O Índice de Preços ao Consumidor por Faixa de Renda (IPV) destacou que a maior alta no acumulado de 12 meses foi para as classes B (4,73%) e D (4,72%), enquanto as variações foram de 4,70% para a classe C e 4,68% para a classe E.

Fonte: Agência Brasil

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