
Projeto do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito é adiado no Senado
Um pedido de vista coletivo na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado adiou para a próxima terça-feira (7) a votação do projeto que cria o Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (Spvat), em substituição ao antigo Dpvat, que era pago pelos proprietários de veículos automotores e foi extinto em 2021.
Contexto e Relevância
Enviado pelo governo federal em caráter de urgência, o texto já foi aprovado pela Câmara dos Deputados e tem sido usado como moeda de negociação entre Executivo e Legislativo para compensar o veto presidencial que retirou R$ 5,6 bilhões em emendas parlamentares do orçamento deste ano.
Negociações e Destinação de Recursos
A negociação prevê que R$ 3,6 bilhões da arrecadação do seguro obrigatório sejam usados para o pagamento de emendas para deputados (R$2,4 bi) e senadores (1,2 bi). O projeto recebeu uma emenda na Câmara que permite aumentar as despesas da União em R$ 15,7 bilhões neste ano.
Posicionamentos e Críticas
O senador Jaques Wagner (PT-BA), relator do texto no Senado, disse que a antecipação dos recursos é necessária para atender à demanda do Congresso por emendas parlamentares. Por outro lado, a oposição criticou a medida, alegando que recria impostos e sobrecarrega a população com o seguro obrigatório.
Defesa do Seguro Obrigatório
Coube à senadora Zenaide Maia (PSD-RN) fazer a defesa do seguro obrigatório, argumentando que a medida beneficia a população mais pobre que, vítima de um acidente de trânsito, não tem recursos para despesas médicas ou de reabilitação.
Relevância do Seguro Obrigatório
O relator Jacques Wagner também defendeu a necessidade do seguro obrigatório para as vítimas de acidentes de trânsito, destacando que parte dos recursos é destinada ao SUS (Sistema Único de Saúde), que é sobrecarregado com os atendimentos provenientes desses acidentes.
Contexto Histórico do Dpvat
Criado em 1974, o Dpvat é um seguro obrigatório destinado a indenizar vítimas de acidentes de trânsito. A cobrança foi extinta em 2021, mas com a aprovação do projeto, o seguro anual obrigatório voltará a ser cobrado de proprietários de veículos e continuará a ser operado pela Caixa Econômica Federal.
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