Promotor afirma que Brasil não leva meio ambiente a sério.

Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente discute desafios das mudanças climáticas

A Associação de Membros do Ministério Público do Meio Ambiente (Abrampa) está organizando a 22ª edição do Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente, que acontecerá entre os dias 24 e 26 de abril, em Belém, Pará. Com o tema “Amazônia e Mudanças Climáticas: uma atuação socioambiental estratégica e integrada”, o evento contará com a participação de mais de 30 especialistas que vão discutir os desafios e soluções para lidar com os impactos das mudanças climáticas no país.

Promotor aponta falta de seriedade com questões ambientais no Brasil

O presidente da Abrampa, Alexandre Gaio, em entrevista à Agência Brasil, destacou alguns dos principais problemas relacionados à preservação do meio ambiente no contexto brasileiro. Gaio ressaltou a falta de seriedade com que o país trata as questões ambientais, o crescimento do crime organizado, a falta de proteção aos ativistas e comunidades tradicionais, além dos riscos de que os desmatamentos em curso nos principais biomas do Brasil se tornem irreversíveis.

Congresso busca ações práticas para proteção do meio ambiente

Alexandre Gaio destacou que o Congresso Brasileiro do Ministério Público de Meio Ambiente reúne especialistas de várias instituições com atuação prática nas temáticas discutidas. O objetivo não é apenas diagnosticar problemas, mas também propor ações concretas para enfrentá-los. A Abrampa tem participado ativamente de Conferências das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas (COP) e defenderá seus pontos de vista no próximo encontro. O promotor ressaltou a importância da atuação integrada e articulada entre os órgãos de segurança pública e fiscalização ambiental para combater crimes ambientais.

Proteção de ativistas e comunidades tradicionais em foco

Alexandre Gaio alertou para a necessidade de proteção adequada às lideranças e instituições que atuam em defesa do meio ambiente. Ele ressaltou que agressões, ameaças e violências contra ativistas precisam ser tratadas com prioridade, a fim de evitar impunidades. Além disso, o promotor destacou a importância de dar voz e proteção às populações tradicionais, essenciais para a preservação dos biomas brasileiros.

A situação é delicada e preocupante, uma vez que o desmatamento ilegal continua ocorrendo, com impactos significativos no meio ambiente e no clima. Há a necessidade de ações efetivas para frear a degradação dos ecossistemas e cumprir metas internacionais de proteção ambiental. O Brasil tem demonstrado esforços, porém, ainda há muito a ser feito para garantir um futuro sustentável para as próximas gerações.

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