Preservação de biomas em terras indígenas: 31% maior

Estudo aponta preservação ambiental nas terras indígenas de quatro biomas brasileiros

Um estudo do Instituto Socioambiental (ISA), divulgado nesta quarta-feira (2), revelou que as terras indígenas (TIs) localizadas nos biomas Caatinga, Mata Atlântica, Pampa e Pantanal possuem um grau de preservação ambiental 31,5% maior do que áreas fora delas.


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Perda de vegetação original

De acordo com o estudo, os 223 territórios indígenas analisados perderam, em média, 36,5% de sua vegetação original, independentemente do estágio de demarcação em que se encontram.

Bioma Pampa

O bioma Pampa foi identificado como aquele em que as terras indígenas apresentam, proporcionalmente, a maior área desmatada, com perda de 62,5% de sua vegetação original.

A devastação nos biomas estudados foi mais intensa até os anos 2000, com mais de 90% do desmatamento da Mata Atlântica ocorrendo até o final daquela década para a maioria das áreas.

Demarcação e preservação ambiental

Segundo o ISA, os dados do estudo demonstram que a demora no processo de demarcação das terras indígenas favorece a degradação ambiental. O Instituto ressalta que a demarcação não apenas impede a destruição, mas também contribui para o aumento da regeneração da vegetação, destacando a eficácia das estratégias indígenas de manejo.

“Somente a posse indígena efetiva é capaz de garantir a integridade socioambiental das Terras Indígenas. As políticas de demarcação, proteção e gestão territorial devem ter caráter integrado, considerando aspectos sociais, culturais e ambientais, uma vez que conflitos e invasões representam sérias ameaças aos direitos fundamentais dos povos indígenas e sua integridade física”, afirma o relatório.

Fonte: Agência Brasil

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