Prefeitos equatorianos recorrem à proteção policial contra violência

Violência assola o Equador: 45 prefeitos solicitam proteção policial

Desde o início de 2023, a violência tomou conta do Equador, com 22 autoridades locais mortas em circunstâncias violentas no país. Diante desse cenário alarmante, 45 prefeitos equatorianos solicitaram proteção policial ao longo do último ano. Essa solicitação ocorre em meio a uma onda de repressão nacional contra grupos criminosos, que vêm ameaçando as autoridades municipais.

Crise no Equador e a resposta do governo

O presidente da Associação de Municípios Equatorianos (AME), Homero Castanier, reportou que as autoridades locais foram ameaçadas em meio à repressão nacional contra grupos criminosos. Em janeiro deste ano, o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de emergência e designou 22 gangues como grupos terroristas após diversos episódios de violência. Entre eles, a invasão de um canal de televisão em Guayaquil e o sequestro de mais de 100 agentes penitenciários.

Assassinatos chocam o país

No último fim de semana, a crise se agravou com a descoberta dos corpos de Brigitte Garcia, prefeita de San Vicente, e de Jairo Loor, seu diretor de comunicação, na província de Manabi. Ambos foram encontrados mortos a tiros em um carro, segundo informações da polícia.

Preocupação com a segurança dos prefeitos

Os prefeitos equatorianos, em especial os das cidades costeiras, têm enfrentado ameaças e violência de grupos do crime organizado, que têm se infiltrado em todos os níveis da sociedade. Diante desse cenário, 17 prefeitos receberam proteção policial do governo e outros contrataram segurança privada para garantir sua segurança e a de suas famílias.

Apelo por análise de riscos

Homero Castanier, presidente da AME, alertou para a necessidade de realizar uma análise de risco para cada prefeito do país, a fim de evitar possíveis ataques. Ele destacou que os prefeitos dos municípios costeiros correm um maior risco de serem atacados, devido à presença de portos que se tornaram centros de contrabando de drogas.

Posicionamento do presidente Daniel Noboa

O presidente equatoriano, Daniel Noboa, afirmou que o assassinato de Brigitte Garcia é um lembrete de que os narcoterroristas conseguiram penetrar nas instituições públicas do país. Noboa, que assumiu o cargo após vencer as eleições presidenciais, expressou preocupação com a segurança dos prefeitos e a necessidade de combater o crime organizado que tem instaurado um clima de violência e medo no Equador.

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