Polícia russa prende suspeitos do ataque com mais de 100 mortos em Moscou

Kremlin prende onze pessoas após ataque terrorista em Moscou

O Kremlin anunciou neste sábado (23) que prendeu onze pessoas, incluindo “quatro” agressores, um dia depois do ataque que deixou pelo menos 115 mortos em uma sala de concertos em Moscou, reivindicado pelo grupo jihadista Estado Islâmico (EI).

Detenção dos suspeitos

O diretor dos serviços de segurança russos (FSB) informou o presidente Vladimir Putin da detenção de 11 pessoas, incluindo os quatro terroristas diretamente envolvidos no atentado, afirmou a Presidência russa em um comunicado.

As quatro pessoas foram detidas na região de Bryansk, na fronteira com a Ucrânia e Belarus, informou o Comitê de Investigação Russo, competente neste tipo de crimes.

Detalhes do ataque

O ataque aconteceu na sexta-feira, antes de um concerto do grupo de rock russo Piknik, em uma sala de concertos do Crocus City Hall, em Krasnogorsk, um subúrbio a noroeste de Moscou.

O FSB disse que os suspeitos tinham contatos na Ucrânia, para onde planejavam fugir após o ataque, o mais mortal desde meados dos anos 2000 e que foi condenado pela comunidade internacional.

Investigações em curso

As autoridades russas não apresentaram qualquer prova deste suposto vínculo nem forneceram detalhes sobre a sua natureza.

A Ucrânia, por sua vez, negou na sexta-feira qualquer envolvimento no ataque e os serviços de inteligência militar ucranianos acusaram o próprio Kremlin de orquestrá-lo.

Reivindicação do ataque pelo EI

O grupo jihadista EI, que a Rússia combate na Síria e que atua no Cáucaso russo, assumiu na sexta-feira a responsabilidade pelo ataque e afirmou que o seu comando retornou em segurança à sua base.

As autoridades de Moscou não comentaram esta afirmação e Putin ainda não apareceu em público. Não é a primeira vez que o EI ataca o país.

Número de vítimas e desdobramentos

O número de mortos subiu para 115 neste sábado, embora se espere que aumente, segundo o Comitê de Investigação Russo. O Ministério de Situações de Emergência informou, por sua vez, que uma centena de pessoas permanecem hospitalizadas.

De acordo com os primeiros elementos da investigação, as pessoas morreram por ferimentos de bala e por inalar a fumaça do incêndio que deflagrou após o ataque, indicou o Comitê.

Os agressores, disseram os investigadores, usaram armas automáticas e incendiaram o prédio com um líquido inflamável.

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