Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou funcionários e empresas por morte de animais em pet shops
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul indiciou nove funcionários e quatro pessoas jurídicas em inquéritos policiais que tratam da morte de mais de 170 animais em duas lojas de pet shop em Porto Alegre. As mortes ocorreram durante o alagamento dos estabelecimentos devido à enchente que atingiu o estado em maio.
Mortes de animais e localização das lojas
As mortes dos animais expostos para venda aconteceram nas lojas da empresa Cobasi, localizadas na Avenida Júlio de Castilhos e na Avenida Brasil, bem como na loja da Bicharada no Praia de Belas Shopping. Os inquéritos policiais ficaram a cargo da Delegacia de Polícia de Proteção e Defesa do Meio Ambiente e dos Animais (Dema) da Polícia Civil gaúcha.
Investigações e resultados
Os resultados das investigações policiais foram apresentados na quarta-feira (12) após diligências, coleta de provas e registros de depoimentos. A diretora do Departamento Estadual de Investigações Criminais, delegada Vanessa Pitrez, relatou que as investigações iniciaram após denúncia de protetores de animais sobre maus tratos e abandono.
A responsável pelas investigações, delegada Samieh Bahjat Saleh, confirmou que durante vistoria em uma das lojas, foi constatado que computadores foram guardados num local não alagado. Além disso, foram resgatadas 38 carcaças de animais no subsolo da loja.
Indiciados e penalidades
Os indiciamentos foram baseados na Lei de Crimes Ambientais, que pune maus-tratos a animais. Os envolvidos foram indiciados no inquérito referente à loja Bicharada, e nas lojas da Cobasi em diferentes localidades. A pena prevista é detenção de três meses a um ano, além de multa, com agravantes em casos de morte de animais e períodos de inundações.
Posicionamento das empresas
A Cobasi enviou um vídeo gravado após a enchente, mostrando produtos danificados e negando a acusação de terem sido salvos no mezanino. O advogado da empresa manifestou indignação com os indiciamentos e repudiou a narrativa construída. Já a Bicharada afirmou colaborar com as investigações e lamentou a repercussão midiática distorcida do caso.
O sócio da Bicharada, Alexandre Scotta, enfatizou que os fatos serão esclarecidos ao longo do processo e a improcedência das acusações será comprovada.
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