PGR: Bolsonaro incentivou acampamentos para intervenção


PGR denuncia Bolsonaro por tentativa de golpe de Estado em 2022

O ex-presidente Jair Bolsonaro é alvo de uma denúncia feita pela Procuradoria-Geral da República (PGR) por estimular “deliberadamente” ações que poderiam levar à ruptura institucional, incluindo a manutenção de acampamentos de apoiadores em frente a quartéis-generais. O documento, que também envolve outras 33 pessoas, destaca que Bolsonaro sempre alimentava esperanças de um golpe e não desmobilizava os manifestantes, conforme depoimento do tenente-coronel Mauro Cid à Polícia Federal (PF).

Colaboração para o golpe

Segundo a denúncia, Bolsonaro dava esperanças às Forças Armadas de que algo iria acontecer para convencê-las a concretizar o golpe de Estado. O tenente-coronel Mauro Cid afirmou que essa atitude do então presidente foi um dos motivos para manter as pessoas acampadas em frente aos quartéis. Os comandantes das três forças teriam assinado notas autorizando a permanência dos manifestantes, a pedido de Bolsonaro e também do ex-ministro e general Braga Netto, que mantinha contato direto com os apoiadores do ex-presidente.

Incitação ao golpe

O documento da PGR destaca que o general Braga Netto incentivava a movimentação nos quartéis, chegando a pedir aos manifestantes que mantivessem a esperança, pois algo ainda iria acontecer. O tenente-coronel Mauro Cid menciona um vídeo em que o general conversa com os manifestantes e reforça a ideia de que algo estava por vir. Tanto Bolsonaro quanto Braga Netto esperavam que as mobilizações em frente aos quartéis convencessem as Forças Armadas a dar o golpe.

Denúncia ao STF

A PGR formalizou a denúncia ao Supremo Tribunal Federal (STF) contra Jair Bolsonaro e outras 33 pessoas, incluindo militares como Braga Netto e Mauro Cid, pelos crimes de golpe de Estado, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e organização criminosa. O procurador-geral da República, Paulo Gonet, detalha a participação de Bolsonaro e dos demais acusados, ressaltando a violência e grave ameaça utilizadas para impedir o funcionamento dos Poderes da República e tentar depor o governo de Luiz Inácio Lula da Silva.

O plano criminoso teria sido deflagrado por Bolsonaro com o auxílio de aliados, assessores e generais, através de ataques às urnas eletrônicas, desrespeito às decisões do Supremo Tribunal Federal e estímulo ao golpe de Estado. A denúncia aponta para ações coordenadas visando desestabilizar a democracia no Brasil.

Fonte: Agência Brasil

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