PF indica militares para “gabinete de crise” após assassinatos

Polícia Federal identifica núcleo militar que planejava ações ilícitas

A Polícia Federal (PF) descobriu a existência de um grupo de militares que, após as eleições presidenciais de 2022, utilizou um alto nível de conhecimento técnico-militar para planejar, coordenar e executar ações ilícitas, incluindo o monitoramento do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. Essas informações foram reveladas em um ofício enviado pela PF ao próprio magistrado no dia 14 e divulgado recentemente.

Gabinete Institucional de Gestão da Crise

Segundo a PF, o grupo teria criado um “Gabinete Institucional de Gestão da Crise”, liderado pelos generais Augusto Heleno, ex-ministro do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência da República (GSI) e conselheiro do ex-presidente Jair Bolsonaro, e Braga Netto, ex-ministro da Defesa e da Casa Civil. O documento ainda menciona que o arcabouço jurídico para o golpe seria desenhado pelo Superior Tribunal Militar (STM).

Identificação de integrantes do grupo

O ofício da PF também faz menção a alguns integrantes do grupo, como “Cel André”, possivelmente o coronel da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) André de Souza Costa, “Cel Vilela”, que pode ser o coronel da PMDF Anderson Vilela, e “Cel Yatabe”, que seria Hidenobu Yatabe, coronel reformado do Exército. Outros nomes mencionados são “Cel Peregrino”, “TC Sena”, “TC Letícia” e “Amanda”.

Técnicas de planejamento militar

No ofício enviado a Alexandre de Moraes, a PF destaca que as ações do grupo evidenciam um detalhado plano de atuação que envolve técnicas de anonimização, monitoramento clandestino e uso ilícito de recursos públicos. Essas informações embasaram a Operação Contragolpe, realizada pela PF para conter as atividades do grupo.

Operação Contragolpe

A Operação Contragolpe foi deflagrada pela PF com o objetivo de desarticular uma organização criminosa que planejava um golpe de Estado para impedir a posse do presidente Luiz Inácio Lula da Silva após as eleições de 2022. O plano incluía o assassinato de Lula e do vice-presidente Geraldo Alckmin, bem como a restrição do livre exercício do Poder Judiciário.

Denominado “Punhal Verde e Amarelo”, o detalhado planejamento operacional previa o homicídio dos candidatos eleitos à Presidência e Vice-Presidência da República para dezembro de 2022. Além disso, estava nos planos a prisão e execução de um ministro do STF que vinha sendo monitorado pelo grupo.

Em operações anteriores, a PF já vinha investigando grupos envolvidos em tentativas de golpe de Estado e no monitoramento do ministro Alexandre de Moraes, demonstrando a gravidade das ações ilícitas planejadas pelo núcleo militar identificado.

Fonte: Agência Brasil

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