
Operação Sem Desconto: Ex-presidente do INSS recebia R$ 250 mil mensais em propina, aponta Polícia Federal
A Polícia Federal (PF) revelou que o ex-presidente do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), Alessandro Stefanutto, estava envolvido em um esquema de descontos não autorizados nos benefícios de aposentados e pensionistas, recebendo uma quantia mensal de R$ 250 mil em propina. Essa conclusão foi apresentada no relatório de investigação que embasou a deflagração da nova fase da Operação Sem Desconto, conduzida pela PF.
Prisão determinada pelo Supremo Tribunal Federal
Alessandro Stefanutto foi preso por ordem do ministro André Mendonça, do Supremo Tribunal Federal (STF), que é o relator das investigações sobre o caso. De acordo com a PF, o ex-presidente do INSS tinha influência na Confederação Nacional dos Agricultores Familiares e Empreendedores Familiares Rurais (Conafer) e utilizava empresas de fachada, como uma pizzaria, uma imobiliária e um escritório de advocacia, para receber propina.
Esquema de corrupção
O ex-presidente do INSS foi identificado na investigação pelo codinome “Italiano”. Os pagamentos de propina, que ocorreram principalmente entre junho de 2023 e setembro de 2024, eram realizados por meio de empresas fictícias para ocultar os valores ilícitos. A PF afirmou que Stefanutto recebia propinas recorrentes em troca de sua influência, aumentando o valor mensal para R$ 250 mil após assumir a presidência do INSS.
Segundo os investigadores, Stefanutto desempenhou o papel de facilitador do esquema, atuando tanto juridicamente na celebração de contratos da Conafer quanto protegendo o esquema após tornar-se presidente do INSS. Essas ações resultaram no aumento substancial da propina mensal.
Corrupção para manter fraudes
Os pagamentos de propina eram considerados essenciais para manter as fraudes de descontos não autorizados nos benefícios. A falta de apoio dos altos gestores do INSS tornaria impossível a continuidade da fraude, que afetava mais de 600 mil vítimas e gerava milhares de reclamações judiciais e administrativas.
Posicionamentos
Em nota, a defesa de Alessandro Stefanutto alegou que a prisão foi ilegal, destacando a colaboração do ex-presidente do INSS com as investigações. Por outro lado, a Conafer afirmou estar disposta a colaborar com as autoridades para esclarecer os fatos e defendeu a presunção de inocência dos envolvidos na operação.
A Conafer reiterou a importância da presunção de inocência e ressaltou a necessidade de garantir a defesa e a integridade dos investigados até que haja uma decisão judicial definitiva. A entidade confia nas instituições e exige o respeito aos direitos fundamentais dos envolvidos.
Fonte: Agência Brasil
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