PF alerta sobre perfis bloqueados por Moraes em lives

Polícia Federal conclui que perfis bloqueados continuam ativos na rede social X

A Polícia Federal (PF) finalizou as investigações que apontam que perfis bloqueados por determinação do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes seguem realizando transmissões ao vivo e interações com usuários brasileiros na rede social X. O relatório parcial da investigação foi enviado ao STF nesta sexta-feira (19) e revela que os usuários investigados, como os jornalistas Allan dos Santos e Rodrigo Constantino e o empresário Paulo Figueredo, continuam ativos.

Transmissões e postagens fora do Brasil

Segundo a PF, as investigações feitas no início deste mês demonstraram que os perfis bloqueados estão realizando postagens e transmissões fora do Brasil, atacando o ministro Alexandre de Moraes e disseminando informações falsas. A PF identificou que um recurso chamado “Espaços” possibilita que usuários brasileiros interajam com os perfis bloqueados, mesmo estando impedidos de acessá-los.

Intensificação da utilização da estrutura da milícia digital

No relatório da PF, é apontado que os investigados intensificaram o uso da estrutura da milícia digital fora do território brasileiro para escapar das ordens judiciais e espalhar notícias falsas. O objetivo é obter apoio de comunidades internacionais com afinidades ideológicas e ampliar o discurso de polarização e antagonismo aos poderes constituídos do país.

De acordo com a PF, a rede social X afirmou que todas as contas alvo de ação judicial estão bloqueadas e que não foi autorizada a transmissão ao vivo. Entretanto, a própria PF constatou que os perfis bloqueados estão realizando lives, mesmo com a restrição judicial.

Elon Musk incluído no inquérito

No inquérito que investiga a atuação de milícias digitais para disseminar notícias falsas no Brasil, o empresário americano Elon Musk foi incluído pelo ministro Alexandre de Moraes. A decisão veio após Musk afirmar que não acatará ordens do STF para remover postagens consideradas ilegais, o que gerou uma polêmica envolvendo o empresário e o ministro.

Nas postagens feitas no começo deste mês, Musk declarou que irá desobedecer as restrições judiciais e acusou Moraes de desrespeitar a Constituição brasileira. O confronto entre o empresário e o ministro levou a debates sobre liberdade de expressão e respeito às decisões judiciais.

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