
Ministro da Saúde critica restrições dos EUA e políticas negacionistas na área de saúde
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, expressou sua insatisfação com as restrições impostas ao seu visto pelo governo dos Estados Unidos e também fez críticas às políticas consideradas “negacionistas” na área de saúde. Devido a essas restrições, Padilha não pôde participar presencialmente de um evento da Organização Pan-Americana de Saúde (Opas) em Washington, que acontece até sexta-feira.
“Restringir as doenças, não autoridades”, afirma Padilha
Em suas declarações, o ministro ressaltou a importância de restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte, e criticou a imposição de restrições a autoridades e bloqueios a países. Padilha afirmou: “Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte.”
“Não precisamos de restrição a autoridades, nem bloqueios a países. O que precisamos é restringir as doenças, como o sarampo que se espalha a partir da América do Norte”, ponderou.
O ministro participou por videoconferência do 62º Conselho Diretor da entidade, que reúne autoridades de saúde das Américas. Em seu discurso, Padilha assegurou que as restrições dos EUA não impedirão a circulação das ideias do Brasil, destacando a vocação do país para a cooperação entre os povos das Américas.
“Negacionismo de líderes” e desinformação na saúde
Padilha também fez críticas ao negacionismo e à desinformação na área da saúde, especialmente quando impulsionados por líderes de governo. Ele ressaltou a necessidade de recursos para pesquisas na área de imunização e destacou a importância de agir diante dos cortes em programas de vacinação e pesquisas, que representam um retrocesso para a ciência e uma ameaça à vida.
No mês anterior, o ministro havia criticado o governo de Donald Trump por restringir recursos para pesquisas de vacinas. Ele enfatizou que o Brasil busca ampliar sua participação para garantir produtos mais acessíveis para todas as Américas, defendendo a construção de pontes entre os povos americanos em vez de barreiras ou muros.
Padilha destacou também que o Brasil retomou o aumento da cobertura vacinal após seis anos de quedas consecutivas e reiterou a importância de combater o negacionismo científico, que desconsidera os impactos das mudanças climáticas sobre a vida e a saúde.
Cooperação internacional e políticas públicas de saúde
O ministro ressaltou a importância de manter a cooperação com instituições e empresas das Américas e do mundo para a produção de vacinas e medicamentos em todas as plataformas tecnológicas. Ele convocou pesquisadores e empresas de vacina de RNA mensageiro para atuarem no Brasil, afirmando que as portas do país estão abertas à ciência e à inovação.
No âmbito interno, Padilha explicou que o governo federal duplicou o programa Mais Médicos, garantindo a presença de profissionais na atenção primária, especialmente nas regiões mais pobres. Ele destacou a política pública Agora Tem Especialistas, que visa reduzir as filas de atendimento no Sistema Único de Saúde (SUS) para consultas, exames e cirurgias.
O ministro também mencionou que o Brasil entregou à Opas um relatório que destaca a redução da transmissão vertical do HIV e a diminuição em 75% do número de mortes causadas pela dengue neste ano.
Fonte: Agência Brasil
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