Resolução sobre aborto em casos de estupro gera polêmica
Representantes da sociedade civil afirmam que o teor da resolução que discute o aborto em casos de estupro tem sido amplamente debatido desde setembro deste ano. Em diversas reuniões, especialistas e conselheiros participaram das discussões, havendo até mesmo uma comissão específica para coordenar o trabalho.
No entanto, segundo os representantes, o processo foi marcado por ausências frequentes de conselheiros governamentais em reuniões cruciais, com intervenções pontuais ocorrendo apenas ao final da elaboração do documento.
Uma reação bastante vista nas redes sociais foi a utilização de hashtags como “#estupradornãoépai” e “#criançanãoémãe”, além da disseminação de opiniões que apontam a contradição de considerar crianças e adolescentes como incapazes de optar por um procedimento abortivo legal, mas prontas para lidar com processos de gestação, maternidade e adoção.
Estatística
No Brasil, a maioria (67%) dos 69.418 estupros cometidos entre 2015 e 2019 tiveram como vítimas meninas com idade entre 10 e 14 anos. Anualmente, 11.607 partos são resultado de violência sexual contra meninas menores de 14 anos de idade.
*Colaborou o repórter Gésio Passos, da Radioagência Nacional.
Fonte: Agência Brasil
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