
Operação Sem Desconto: nova fase atinge pessoas-chave em esquema criminoso do INSS
O presidente da Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI), senador Carlos Viana (Podemos-MG), destacou que a nova fase da Operação Sem Desconto, deflagrada pela Polícia Federal (PF) e Controladoria-Geral da União (CGU) nesta quinta-feira (13), atingiu indivíduos centrais no esquema criminoso que permitiu descontos ilegais de mensalidades associativas de aposentados e pensionistas do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) em todo o Brasil.
Prisão de Alessandro Stefanutto e desdobramentos
Uma das principais ações da operação foi a prisão do ex-presidente do INSS, Alessandro Stefanutto, que ocupou a presidência da autarquia entre 2011 e 2017. Stefanutto assumiu o cargo após indicação do então ministro da Previdência Social, Carlos Lupi, que posteriormente pediu demissão em meio a escândalos. O ex-presidente do INSS foi afastado do cargo por decisão judicial durante a primeira fase da Operação Sem Desconto, em abril deste ano.
A nova etapa da operação também atingiu outras figuras importantes, como o ex-ministro do Trabalho e Previdência Social do governo Bolsonaro, José Carlos Oliveira, o deputado federal Euclydes Pettersen Neto (Republicanos-MG) e o deputado estadual Edson Cunha de Araújo (PSS-MA).
Investigações em andamento
Segundo o presidente da CPMI, há parlamentares sob investigação por suspeita de envolvimento com o esquema de fraudes nas mensalidades associativas. Viana ressaltou que outros políticos podem prestar depoimento ao Supremo Tribunal Federal (STF) no decorrer das investigações em andamento.
Os responsáveis pelo golpe contra os segurados do Regime Geral da Previdência Social foram divididos em três escalões, de acordo com as apurações da PF e da CGU:
- Primeiro Escalão: Políticos que teriam recebido pagamentos do segundo escalão para manter servidores corruptos em cargos-chave do INSS e Ministério da Previdência Social.
- Segundo Escalão: Servidores públicos concursados que se corromperam e colaboraram para os desvios, transitando entre diferentes gestões governamentais.
- Terceiro Escalão: Operadores e “laranjas” responsáveis pelos saques e desvios diretos do dinheiro, sendo a maioria deste grupo presa nesta fase da operação.
“Agora queremos saber quem ajudou, quem indicou, quem nomeou e o que receberam para que este esquema pudesse continuar funcionando e de que maneira políticos foram beneficiados nesta história”, finalizou Viana.
Fonte: Agência Brasil
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