
Netanyahu critica os EUA e promete lutar sozinho contra o Hamas
O premiê de Israel, Binyamin Netanyahu, adotou um tom desafiador ontem ao criticar os Estados Unidos e afirmar que seu país lutará sozinho, se necessário, na guerra contra o Hamas. Essa postura foi adotada após o presidente americano, Joe Biden, suspender o envio de armas para o Exército israelense, em decorrência de preocupações com o ataque a Rafah, no sul de Gaza, onde mais de 1 milhão de palestinos estão refugiados.
Israel se prepara para invadir Rafah
Israel alega que Rafah é o último reduto do Hamas na região e Netanyahu tem reiterado a promessa de invadir a cidade, apesar dos apelos de aliados internacionais. “Se tivermos que ficar sozinhos, ficaremos”, afirmou o premiê. “Se precisarmos, lutaremos com unhas e dentes. Mas temos muito mais do que unhas.”
Israel garante ter munição suficiente para atacar Rafah
O porta-voz do Exército israelense, Daniel Hagari, assegurou que Israel possui munição suficiente para realizar os ataques planejados em Rafah, sem depender da assistência dos EUA. “Temos os armamentos necessários para as nossas missões, inclusive para a operação em Rafah”, afirmou Hagari.
Ameaças e reações da comunidade internacional
O governo israelense se dividiu entre lamentos e críticas diante da ameaça de Biden de reter o envio de 3,5 mil bombas para Israel. Autoridades israelenses e membros do gabinete de Netanyahu expressaram preocupação com a possibilidade de ampliação do embargo de armas se Israel persistir no ataque a Rafah.
O embaixador israelense na ONU, Gilad Erdan, afirmou que a suspensão do envio das bombas e a advertência de Biden acabam fortalecendo o Hamas e dando esperança aos inimigos de Israel. O presidente Isaac Herzog condenou uma declaração ácida do ministro da Segurança Nacional, Itamar Ben-Gvir, dirigida a Biden.
Fogo Cruzado de Críticas
Biden foi alvo de críticas vindas de diversos setores nos EUA em relação à decisão de vetar a entrega das bombas a Israel, tanto de republicanos como de democratas insatisfeitos. Até Donald Trump chamou a abordagem da Casa Branca de “trágica”. O governo norte-americano tentou esclarecer sua posição, ressaltando que a derrota do Hamas ainda é um objetivo compartilhado com Israel, mas invadir Rafah não solucionaria o problema.
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