
Ministério Público denuncia mulher de Governador Valadares por intolerância religiosa
O Ministério Público de Minas Gerais (MPMG) denunciou uma mulher de 43 anos, moradora de Governador Valadares, por prática e incitação de intolerância religiosa. A denúncia surgiu após a mulher associar a tragédia climática no Rio Grande do Sul ao culto de religiões de matriz africana.
Influenciadora associou tragédia a religiões de matriz africana
Segundo a nota do MP, a influenciadora, que não teve o nome divulgado, viralizou nas redes sociais após suas postagens. Nas redes sociais, ela se apresenta como cristã, mãe, esposa e empreendedora, e tem mais de 30 mil seguidores em seu perfil do Instagram, que está “fechado”, permitindo o acesso apenas de seus seguidores.
Dados da denúncia e medidas cautelares
De acordo com a denúncia do MP, a mulher publicou um vídeo em que afirmava que o estado do Rio Grande do Sul é um dos estados com maior número de terreiros de religiões de matriz africana, associando a tragédia climática no estado à ira de Deus. A postagem alcançou três milhões de visualizações.
A promotora de Justiça responsável pelo caso, Ana Bárbara Canedo Oliveira, destacou que, além de praticar o crime, a influenciadora induziu milhares de pessoas à discriminação, preconceito e intolerância religiosa. Como medidas cautelares, foi solicitado que a acusada não se ausente do país sem autorização judicial e que se abstenha de fazer novas publicações relacionadas a religiões de matriz africana ou conteúdos falsos sobre a tragédia no Rio Grande do Sul.
Pena prevista em caso de condenação
Caso seja condenada, a mulher pode enfrentar uma pena de dois a cinco anos de reclusão, além de multa. Até o momento, a defesa da influenciadora não foi identificada, mas o Ministério Público está aberto a um posicionamento por parte dela.
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