Motta defende bancos no debate da isenção do IR.


Presidente da Câmara dos Deputados se reúne com Febraban para discutir projeto de isenção do Imposto de Renda

Na noite desta segunda-feira (19), o presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), se reuniu com banqueiros e integrantes do Conselho Diretor da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) e da Confederação Nacional das Instituições Financeiras (CNF) em São Paulo. Durante o encontro, Motta sugeriu que a Febraban seja ouvida a respeito do projeto de lei que propõe isentar do Imposto de Renda as pessoas que ganham até R$ 5 mil.

Sugerindo que a Febraban possa levar o ponto de vista do setor bancário sobre o tema e alternativas de compensação para mais de 10 milhões de brasileiros que seriam beneficiados pela isenção, Motta destacou a importância da participação da entidade no debate.

Participação da Febraban e medidas de compensação

O presidente-executivo da Febraban, Isaac Sidney, e executivos de 20 bancos que compõem o Conselho de Diretor da entidade estiveram presentes no encontro. Sidney afirmou que os bancos desejam sugerir medidas de compensação para a isenção do Imposto de Renda, buscando caminhos que não onerem o crédito.

De acordo com Sidney, há emendas que propõem aumentar a Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) das questões financeiras, mas a Febraban acredita que é possível encontrar outras maneiras de realizar essa compensação sem afetar negativamente o crédito.

Motta ressaltou que o objetivo não é mitigar a incidência de tributos na rentabilidade dos bancos, mas sim evitar que o custo do crédito seja prejudicado.

Projeto de lei e cronograma de votação

Questionado sobre o cronograma para a votação do projeto de lei, Motta não especificou prazos, mas expressou confiança no relator do projeto, deputado Arthur Lira (PP-AL), e na comissão responsável, para elaborar um texto benéfico para o país e avançar em questões estruturais.

Fraude na Previdência

Além do projeto de isenção do Imposto de Renda, Motta abordou a votação de propostas para combater fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

O presidente da Câmara destacou a importância de elaborar legislação eficaz para evitar problemas como o esquema criminoso revelado pela Polícia Federal, que desviou cerca de R$ 6,3 bilhões de aposentados e pensionistas do INSS entre 2019 e 2024.

Embora haja assinaturas solicitando a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) sobre as fraudes no INSS, Motta explicou que, devido à limitação de comissões em funcionamento na Câmara, uma CPI específica para esse tema pode não ser instalada. A decisão sobre a instalação de uma CPI Mista cabe ao presidente do Congresso, senador Davi Alcolumbre.

Por fim, a expectativa é que as discussões e propostas em andamento contribuam para fortalecer a legislação e proteger os beneficiários do INSS de práticas fraudulentas no futuro.

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