Moraes libera relatório da PF sobre joias sauditas

Alexandre de Moraes levanta sigilo de inquérito sobre joias da Arábia Saudita

O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (8) levantar o sigilo que pairava sobre o inquérito que investiga a suposta apropriação indevida de joias da Arábia Saudita. No último dia 5, o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais 11 pessoas foram indiciadas pela Polícia Federal (PF) por envolvimento na tentativa de desviar e ocultar o presente dado pelas autoridades sauditas.

Indiciamento e entrega do relatório

O protocolo do Supremo recebeu o relatório impresso do caso na última sexta-feira (5), mesmo havendo divulgação do seu conteúdo pela imprensa antes da entrega, o que causou desconforto no gabinete de Moraes. Entre os indiciados estão o tenente-coronel Mauro Cid, seu pai, general de Exército Mauro Lourenna Cid, além de outros envolvidos como ex-ajudantes de ordens de Bolsonaro, advogados e pessoas ligadas ao caso.

Análise e prazo da Procuradoria Geral da República

O ministro Moraes determinou que os advogados tenham acesso integral ao indiciamento e encaminhou o processo para avaliação da Procuradoria Geral da República (PGR) no prazo de 15 dias. Durante esse período, a PGR poderá solicitar mais investigações, arquivar o caso ou prosseguir com denúncias contra os envolvidos. A medida de levantar o sigilo foi tomada por Moraes considerando a entrega do relatório final pela PF ao Supremo.

O relatório da PF aponta para a existência de uma organização criminosa voltada para desviar presentes oferecidos a autoridades brasileiras por outros países. No caso das joias, suspeita-se que houve tentativa de ocultar a entrada das peças no Brasil e posteriormente recuperá-las após apreensão pela Receita Federal.

A íntegra do relatório da Polícia Federal ainda não está disponível no sistema do Supremo, mas a Corte garantiu que em breve estará acessível ao público. Advogados dos envolvidos se manifestaram, com exceção de Paulo Cunha Bueno, advogado de Bolsonaro, que alegou não ter tido acesso ao documento.

A Agência Brasil tentou contato com as demais defesas dos indiciados, buscando mais informações sobre o desenrolar do caso. A atualidade do episódio reforça a importância do acompanhamento e cobertura jornalística de questões envolvendo altas autoridades e possíveis crimes relacionados.

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