Ministro da Educação afirma não haver motivo para greve em universidades federais
O ministro da Educação, Camilo Santana, declarou nesta segunda-feira (17) que o governo tem mantido diálogo com todas as categorias e que não existia motivo para a greve deflagrada por servidores e professores das universidades federais. Segundo Santana, a expectativa é que as instituições retomem as atividades nesta semana.
Diálogo e expectativa de retorno às atividades
“Acho que não havia motivo. Greve a gente entra quando não há diálogo, quando se chega ao limite da negociação. Vamos lembrar que o governo passado não deu um reajuste. E, no primeiro ano do presidente Lula, ele deu 9% para todos os servidores, mais que o dobro da inflação”, afirmou o ministro em entrevista à Agência Brasil.
Em relação à paralisação dos professores universitários, iniciada em abril em 64 universidades, Santana destacou que nova proposta apresentada pelo Ministério da Educação (MEC) e da Gestão e da Inovação em Serviços Públicos está sendo analisada. O comando nacional da greve dos docentes solicitou a realização de assembleias locais até sexta-feira (21).
Propostas em negociação
A última proposta apresentada aos professores envolve recomposição parcial do orçamento das universidades, implementação de reajuste de benefícios e aumentos salariais de 9% em janeiro de 2025 e de 3,5% em maio de 2026. O MEC também se comprometeu a revogar a Portaria 983/2020, que elevou a carga horária mínima semanal dos docentes.
O ministro tem enfatizado que as negociações em andamento são vitórias para as categorias, não só no aspecto remuneratório, mas também em mudanças nos planos de carreira e em benefícios como auxílio-saúde e creche para os servidores técnico-administrativos.
Enem
Enquanto esteve presente em um encontro da Unesco em Paris, o ministro abordou temas relacionados à educação e defendeu a ampliação de investimentos no Brasil, especialmente na educação básica. Santana também destacou o balanço positivo das inscrições do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que seguiram a tendência de crescimento, alcançando 5.055.699 inscritos.
Em vista dos impactos da tragédia climática no Rio Grande do Sul, as inscrições para os estudantes gaúchos foram estendidas até sexta-feira (21), com esforços do MEC para ajudar na recuperação das escolas afetadas. O ministro ressaltou o aumento das inscrições do estado no Enem, buscando equidade no acesso dos estudantes de diferentes regiões do país.
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