Oficial do Exército corre risco de perder benefícios após acordo de delação premiada
Tenente-coronel Mauro Cid é preso novamente por descumprir medidas cautelares
O tenente-coronel do Exército Mauro Cid está em situação delicada após assinar acordo de delação premiada com a Polícia Federal (PF) para evitar a prisão em meio às investigações que o ligam ao ex-presidente Jair Bolsonaro. Recentemente, Cid voltou a ser preso por ordem do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, devido a mensagens de áudio divulgadas pela revista Veja nas quais o militar critica a atuação do ministro e da PF.
Descumprimento das medidas
O STF acusa o tenente-coronel de descumprir as medidas cautelares estabelecidas no acordo de delação ao fazer tais declarações. Além disso, Cid será investigado pelo crime de obstrução de Justiça, estando detido no batalhão da Polícia do Exército em Brasília desde então.
Suspensão dos benefícios
Anteriormente em liberdade desde setembro do ano passado, quando firmou o acordo de delação, Mauro Cid ganhou o direito de responder em liberdade aos processos em seu desfavor. No entanto, com a nova prisão, a PF está analisando se os benefícios concedidos serão mantidos, com a decisão final cabendo ao STF.
Rescisão do acordo em caso de descumprimento
Caso a Polícia Federal conclua que o tenente-coronel não cumpriu com as obrigações estabelecidas no acordo de delação premiada, ele poderá ter o pedido de rescisão da colaboração solicitado. Isso não anularia a delação, mas resultaria no cancelamento dos benefícios concedidos, incluindo a liberdade provisória.
Áudios polêmicos
Segundo a reportagem da Veja, Mauro Cid afirmou ter sido pressionado pela PF a relatar eventos dos quais não tinha conhecimento ou que não ocorreram. Ele também insinuou que a Procuradoria-Geral da República e o ministro Alexandre de Moraes possuem uma narrativa pronta para prendê-lo. Após audiência judicial para esclarecer as declarações, o militar voltou atrás e afirmou que decidiu delatar voluntariamente.
Defesa reforça tom de desabafo
A defesa de Mauro Cid também defendeu que os áudios divulgados são apenas um desabafo diante das dificuldades pessoais, familiares e profissionais enfrentadas pelo tenente-coronel. Novas investigações serão realizadas para identificar a quem foram enviadas as mensagens críticas a Moraes e à PF.
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