Mauro Cid deporá novamente à PF na terça-feira

Tenente-coronel Mauro Cid prestará novo depoimento à Polícia Federal após acordo de delação premiada

O tenente-coronel do Exército Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, está programado para prestar um novo depoimento à Polícia Federal (PF) na próxima terça-feira (19) em Brasília. Cid fechou um acordo de colaboração premiada após ter sido preso no contexto de um inquérito que investiga fraudes em certificados de vacinação contra a covid-19.

Colaboração em diferentes casos de investigação

Além do caso relacionado às vacinas, Mauro Cid colaborou com a investigação sobre uma suposta tentativa de golpe de Estado que teria sido elaborada no alto escalão do governo Bolsonaro. Ele também está implicado no esquema de venda de joias e presentes entregues ao ex-presidente por autoridades estrangeiras.

Posicionamento da defesa e possíveis desdobramentos do acordo

O advogado de Cid, Cezar Bittencourt, afirmou à Agência Brasil que não há preocupações por parte da defesa de que o acordo de delação seja reavaliado. No entanto, caso a Polícia Federal conclua que Mauro Cid não cumpriu as obrigações do acordo, ele poderá ser alvo de um pedido de rescisão da colaboração, o que acarretaria na perda dos benefícios concedidos, incluindo o direito de permanecer em liberdade.

Detalhes da prisão e desdobramentos do caso

Mauro Cid foi preso em maio de 2023 no âmbito da Operação Venire, que investiga a inserção de dados falsos de vacinação nos sistemas do Ministério da Saúde. Após permanecer detido em um batalhão da Polícia do Exército em Brasília, ele firmou a colaboração premiada com a PF em setembro e foi solto por decisão do ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes.

Investigações e desdobramentos políticos

As investigações revelaram que Bolsonaro e integrantes de seu governo, incluindo ministros de Estado e militares, elaboraram uma minuta que previa medidas contra o Poder Judiciário, como a prisão de ministros da Suprema Corte. Além disso, o grupo promoveu a divulgação de notícias falsas contra o sistema eleitoral brasileiro.

Repercussões e desdobramentos posteriores

Mensagens encontradas no celular de Mauro Cid indicam que, apesar das garantias de segurança das urnas eletrônicas, a elaboração da minuta do golpe prosseguiu. Em março deste ano, o ex-ajudante de ordens foi preso novamente por descumprimento de cautelares e obstrução de Justiça, sendo posteriormente solto em liberdade provisória concedida pelo ministro Alexandre de Moraes.

Decisão sobre o acordo de delação

Alexandre de Moraes optou por manter a validade do acordo de delação após a confirmação das informações durante a audiência na qual Mauro Cid foi preso.

Fonte: Agência Brasil

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