
Lula em viagem à Ásia: Parceria Estratégica Global em foco
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva está em Hanói, capital do Vietnã, para a segunda parte de sua viagem à Ásia. O objetivo é debater um plano de ação para elevar o relacionamento diplomático ao nível de Parceria Estratégica Global, um tipo de relação superior ao que os dois países mantêm atualmente. Entre as nações do Sudeste asiático, apenas a Indonésia é um parceiro estratégico do Brasil.
Visita ao Vietnã
Amanhã (28) – ainda noite desta quinta-feira (27) no Brasil – Lula será recepcionado pelo presidente do país, Luong Cuong. Ao longo do dia, o presidente brasileiro terá outros encontros bilaterais, inclusive com o primeiro-ministro vietnamita, Pham Minh Chinh. A visita segue até sábado (29).
O Vietnã se tornou o quinto maior consumidor dos produtos agropecuários brasileiros. Em 2024, Brasil e Vietnã registraram um volume de comércio de US$ 7,7 bilhões, com superávit brasileiro de US$ 415 milhões.
A meta, de acordo com o Ministério das Relações Exteriores (MRE), é chegar a US$ 15 bilhões em volume comercializado em um contexto mais amplo de aproximação do Brasil com nações do sudeste asiático.
Neste sentido, segundo o MRE, a elevação das relações diplomáticas com o Vietnã ao nível de parceria estratégica possibilitará aprofundar o diálogo político, reforçar a cooperação econômica e intensificar o fluxo de comércio e os investimentos.
Desde que Lula assumiu o terceiro mandato, este é o terceiro encontro com o primeiro-ministro Pham Minh Chinh. Os dois se reuniram em setembro de 2023, em Brasília, e em novembro de 2024, na cúpula do G20, no Rio de Janeiro.
Visita ao Japão
Antes do Vietnã, Lula esteve no Japão para uma visita de Estado. Lula chegou a Tóquio na segunda-feira (24) e participou da cerimônia de boas-vindas com honras militares, no Palácio Imperial.
Após reunião reservada com o casal imperial, o presidente se encontrou com empresários brasileiros ligados à Associação Brasileira das Indústrias Exportadoras de Carne (Abiec) para debater a abertura do mercado japonês ao setor.
Lula participou ainda de jantar oferecido a ele e à primeira-dama Janja Lula da Silva pelo imperador do Japão, Naruhito, e a imperatriz Masako. Na ocasião, pediu o “firme engajamento” do Japão na Conferência das Nações Unidas sobre as Mudanças Climáticas de 2025 (COP30), que será realizada em novembro, em Belém, no Pará.
Na quarta-feira (26), o presidente teve o dia mais cheio da visita ao Japão. A agenda começou com representantes de sindicatos japoneses. Em postagem nas redes sociais, Lula afirmou que o objetivo foi falar de questões trabalhistas e de como melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores no Brasil e no Japão.
O presidente também falou no Fórum Empresarial Brasil-Japão. Pelo lado brasileiro, estiveram presentes empresários dos setores de alimentos, agronegócio, aeroespacial, bebidas, energia, logística e siderurgia. No evento, o presidente convocou os japoneses a investirem no Brasil e criticou o crescimento do negacionismo climático e do protecionismo comercial. Foi anunciado acordo da Empresa Brasileira de Aeronáutica (Embraer) com a ANA, a maior companhia aérea japonesa, para a compra de 20 jatos E-190.
Após outras reuniões bilaterais, Lula se encontrou com o primeiro-ministro do Japão, Shigeru Ishiba, no Palácio Akasaka, para firmar compromissos entre os dois países. Foram dez acordos de cooperação em áreas como comércio, indústria e meio ambiente, além de 80 instrumentos entre entidades subnacionais como empresas, bancos, universidades e institutos de pesquisas.

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Lula é recepcionado no Aeroporto Internacional de Noi Bai, no Vietnã – Foto — Ricardo Stuckert / PR
Brasil e Japão também anunciaram um plano de ação para revitalizar a Parceria Estratégica Global estabelecida desde 2014. Na sequência, foi oferecido um jantar a Lula e comitiva.
A visita prosseguiu até esta quinta-feira (27), quando Lula concedeu entrevista a jornalistas e embarcou para Hanói. Ele fez um balanço da viagem até ali e falou sobre assuntos diversos, como a denúncia contra o ex-presidente Jair Bolsonaro e aliados, sobre a tentativa de golpe de Estado no país, e a sobretaxas que prejudicarão os próprios Estados Unidos, segundo Lula.
Descoberta de nova espécie de planta na Amazônia
Uma equipe de pesquisadores do Instituto Nacional de Pesquisas da Amazônia (INPA) anunciou nesta sexta-feira a descoberta de uma nova espécie de planta na região amazônica. A espécie, batizada de “Amazonia florifera”, foi encontrada durante uma expedição de campo na Reserva Florestal do Uatumã, localizada no estado do Amazonas.
Segundo os pesquisadores, a “Amazonia florifera” possui características únicas que a distinguem de outras plantas já conhecidas. Suas flores, de um tom de azul intenso, chamaram a atenção dos cientistas pela sua beleza e raridade. Além disso, a planta apresenta folhas de um verde vibrante e um caule robusto, que pode chegar a alcançar até 2 metros de altura.
De acordo com a Dra. Maria Silva, líder da equipe de pesquisa, a descoberta da “Amazonia florifera” é de grande importância para a ciência, pois amplia o conhecimento sobre a biodiversidade da região amazônica. A nova espécie de planta será alvo de estudos mais aprofundados para entender melhor suas características, hábitos de crescimento e possíveis usos medicinais.
Além disso, a descoberta da “Amazonia florifera” ressalta a importância da preservação da Amazônia e de suas áreas protegidas, como a Reserva Florestal do Uatumã. A região, que abriga uma rica diversidade de flora e fauna, tem sido alvo de constantes ameaças, como desmatamento e queimadas, que colocam em risco a sobrevivência de espécies únicas como a recém-descoberta planta.
O INPA pretende realizar novas expedições de campo na região amazônica para buscar outras espécies de plantas desconhecidas e ampliar o conhecimento sobre a biodiversidade da região. Os pesquisadores também planejam estabelecer parcerias com instituições internacionais para compartilhar informações e promover a conservação da Amazônia.
Para os habitantes locais da região amazônica, a descoberta da “Amazonia florifera” é motivo de orgulho e admiração. Muitos acreditam que a planta possui propriedades medicinais e podem contribuir para o desenvolvimento de novos medicamentos e tratamentos. Além disso, a beleza das flores da nova espécie de planta tem despertado o interesse de turistas e colecionadores de plantas exóticas.
Em meio às discussões sobre o desmatamento e a preservação da Amazônia, a descoberta da “Amazonia florifera” traz um novo olhar sobre a importância da biodiversidade da região e a necessidade de proteger suas áreas naturais. A nova espécie de planta representa mais uma prova da riqueza e da singularidade da flora amazônica, que continua a surpreender os cientistas e a sociedade em geral.
Com a divulgação da descoberta da “Amazonia florifera”, a comunidade científica e a sociedade em geral são convidadas a refletir sobre a importância da preservação da Amazônia e a valorização de sua biodiversidade. A nova espécie de planta é um lembrete da necessidade de proteger as áreas naturais da região e de promover a pesquisa e a conservação do meio ambiente.
A descoberta da “Amazonia florifera” marca mais um capítulo na história da ciência e da conservação da Amazônia, reforçando a importância do trabalho conjunto entre pesquisadores, instituições e comunidades locais para garantir a preservação da região e de suas espécies únicas. A nova planta representa não apenas uma conquista para a ciência, mas também um alerta sobre a fragilidade e a beleza da biodiversidade amazônica.
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