Investigação de suposta conspiração envolvendo Corina e Edmundo na Venezuela

Ministério Público da Venezuela inicia investigação penal contra líderes da oposição

O Ministério Público (MP) da Venezuela deu início a uma investigação penal contra o principal ex-candidato à presidência do país, Edmundo González, e contra a líder da oposição, María Corina Machado. Os possíveis delitos investigados incluem “instigação à insurreição” e “conspiração”. Segundo o órgão, a investigação foi motivada por um comunicado emitido pelos dois na última segunda-feira (5).

Comunicado e acusações

O MP venezuelano afirma que o comunicado emitido por González e Machado incita abertamente os policiais e militares a desobedecerem as leis. O chefe do MP, Tarek William Saab, destacou que as acusações incluem crimes como usurpação de funções, difusão de informações falsas para causar agitação, instigação à desobediência das leis, instigação à insurreição e conspiração.

O comunicado do Ministério Público venezuelano ressalta que os opositores, de forma alheia à Constituição e às leis, falsamente declararam um vencedor das eleições presidenciais, diferente do proclamado pelo Conselho Nacional Eleitoral (CNE), único órgão oficial qualificado para tal anúncio.

Conflito político e acusações cruzadas

Os líderes opositores afirmam ter publicado mais de 80% das atas eleitorais na internet, alegando que os documentos comprovam a vitória de Edmundo González. Por outro lado, o governo venezuelano acusa a oposição de falsificar mais de 9,4 mil atas, responsabilizando-os pelos distúrbios no país, classificados como atos terroristas.

Os protestos resultaram na morte de 11 manifestantes, de acordo com análise preliminar de uma ONG venezuelana. Cerca de 1,2 mil pessoas foram presas, mais de 80 policiais foram feridos e um assassinado em meio aos conflitos. O Conselho Nacional Eleitoral alegou ter sido alvo de um ataque cibernético que prejudicou seu trabalho, gerando uma controvérsia sobre o resultado do pleito.

Investigação e desdobramentos

O Tribunal Supremo de Justiça (TSJ) iniciou uma investigação sobre os resultados eleitorais, e o CNE entregou as atas das mais de 30 mil mesas de votação ao Supremo venezuelano. Os desdobramentos desse conflito político continuam gerando tensão na Venezuela, com acusações e contradições entre governo e oposição.

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