O Exército Brasileiro e o Incêndio no Parque Nacional do Itatiaia
O Exército admitiu nesta terça-feira (18) que o incêndio no Parque Nacional do Itatiaia teve início durante uma atividade que envolvia 415 cadetes da Academia Militar das Agulhas Negras, de Resende, na conclusão do Estágio Básico do Combatente de Montanha, parte essencial da formação do oficial do Exército. No entanto, a corporação alega desconhecer a origem específica do incêndio.
Segundo nota da assessoria de Relações Institucionais e Comunicação Social do Departamento de Educação e Cultura do Exército (DECEx), as autoridades competentes irão investigar as causas do incêndio. A Academia Militar das Agulhas Negras está disposta a cooperar na elucidação dos fatos e se compromete com a recuperação e preservação do meio ambiente no parque.
Atuação do Exército no Combate ao Incêndio no Parque Nacional do Itatiaia
No início da tarde de sexta-feira (14), os militares estavam prontos para retornar a Resende quando um foco de incêndio foi identificado nas proximidades dos veículos. Apesar dos esforços iniciais de combate, os ventos fortes e a vegetação seca contribuíram para a rápida propagação do fogo, impedindo sua contenção.
As viaturas militares foram retiradas por questões de segurança e o Exército comunicou imediatamente a direção do Parque Nacional do Itatiaia, mobilizando apoio para controlar o incêndio. A Brigada de Combate a Incêndio da Academia Militar das Agulhas Negras, composta por cerca de 100 militares, assumiu as operações no sábado (15) pela manhã.
Procedimentos Administrativos e Investigativos
O Parque Nacional do Itatiaia abriu um procedimento administrativo interno para apurar a causa e a origem do incêndio, que atingiu uma área de 200 hectares. Medidas como o isolamento da região afetada e o uso de drones com câmeras de infravermelho estão sendo adotadas para investigação.
O parque conta com quatro câmeras de monitoramento de incêndios, direcionadas para garantir a segurança da região e a transmissão de informações para o público. Apesar da área isolada, o trabalho de monitoramento prossegue com a atuação de equipes de várias instituições.
Impactos e Avaliação Pós-Incêndio
O gestor do parque, Felipe Mendonça, expressou preocupação com os prejuízos causados pelo incêndio, que vão além da perda da biodiversidade. O impacto na paisagem, nas trilhas e na visitação, assim como os danos a habitats e ao solo, são questões que demandam avaliação e recuperação.
A volta da visitação ao parque está condicionada a verificações de segurança, com previsão de análise para possível liberação a partir de quinta-feira. Equipes de brigadistas seguem controlando pontos de calor na região afetada pelo incêndio.
Histórico de Incêndios no Parque Nacional do Itatiaia
O Parque Nacional do Itatiaia já enfrentou incêndios anteriormente, com destaque para o maior ocorrido em 1963. A região, conhecida por registrar baixas temperaturas, é essencial para a conservação da Mata Atlântica na Serra da Mantiqueira, recebendo anualmente cerca de 150 mil visitantes.
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