Haddad descarta taxação do comércio online para desonerar

Taxação de compras internacionais online não integra medidas do governo, diz ministro da Fazenda

A taxação de compras internacionais online de até US$ 50 não integra as medidas do governo para compensar a desoneração da folha de pagamento, afirmou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, em pronunciamento nesta noite (21). De acordo com Haddad, a medida não arrecadaria o suficiente para compensar o impacto do benefício para 17 setores da economia, estimado em R$ 7,2 bilhões em 2024.

Nas últimas semanas, entidades ligadas ao comércio e à indústria têm pressionado o governo para taxar as compras online. A Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp) argumenta que a manutenção da isenção provoca perda de empregos e prejuízos à indústria nacional.

Medidas do governo para compensar desoneração da folha

Após reunião com o presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Haddad anunciou que o governo pretende divulgar nesta semana as medidas da equipe econômica para compensar o acordo que estendeu a desoneração da folha este ano, com reoneração gradual até 2028. O líder do Governo no Senado, Jaques Wagner, explicou que aguarda as fontes de compensação de receitas para elaborar o parecer.

O ministro da Fazenda também informou que esta semana serão anunciadas medidas para atender às empresas do Rio Grande do Sul afetadas pelas enchentes no estado. Além disso, Haddad adiantou que os projetos de lei para regulamentar a reforma tributária devem ser apresentados no início de junho, antes do feriado de Corpus Christi.

Preparativos para anúncios e reformas tributárias

Com a previsão de anúncio de medidas econômicas importantes, o governo se prepara para lidar com as demandas de setores afetados pela desoneração da folha e por questões como as enchentes no Rio Grande do Sul. A regulamentação da reforma tributária também está entre as prioridades, com a expectativa de novos projetos de lei no início de junho.

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