
Ministério da Fazenda mantém previsão de crescimento do PIB acima de 2% para 2025
Apesar da revisão para baixo da estimativa de crescimento da economia feita pelo Banco Central (BC), o Ministério da Fazenda segue confiando em uma expansão superior a 2% para o Produto Interno Bruto (PIB) em 2025, conforme declarou o ministro da Fazenda, Fernando Haddad. O Relatório de Inflação do BC reduziu a projeção de crescimento do PIB de 2,1% para 1,9% neste ano.
Previsões divergentes
Em fevereiro, a Secretaria de Política Econômica (SPE) do Ministério da Fazenda havia revisado a projeção de crescimento do PIB de 2025 de 2,5% para 2,3%. Haddad ressaltou que tanto o BC quanto a SPE têm autonomia para traçar suas projeções, porém, destacou que as estimativas da Fazenda têm se aproximado mais dos números reais.
“A Secretaria de Política Econômica tem feito um bom trabalho nos últimos dois anos para se aproximar das projeções realizadas. Nossas estimativas têm sido bastante próximas do que de fato está ocorrendo na economia brasileira. Todo subsídio é bem-vindo, principalmente de órgãos públicos com credibilidade técnica para informar a população”, afirmou o ministro.
Compromisso com metas de inflação
Haddad enfatizou seu comprometimento com o regime de metas de inflação e negou qualquer discordância com o Banco Central. Ele ressaltou a importância de cumprir o novo regime de metas para dar ao BC uma maior inteligência na trajetória de percepção da meta de inflação.
“As declarações que fiz recentemente sobre a conduta do Banco Central vão na mesma direção, não vejo divergência entre as falas. Estamos alinhados com o objetivo de cumprir o novo regime de metas, que visa abandonar o ano e adotar a meta contínua para fornecer ao BC uma compreensão mais ampla da meta”, acrescentou Haddad.
Núcleo de inflação
O ministro também abordou a recente declaração do presidente em exercício e ministro do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços, Geraldo Alckmin, que defendeu a exclusão dos preços de alimentos e energia da meta de inflação e, consequentemente, do cálculo da Taxa Selic. Haddad mencionou que tanto o BC quanto o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) possuem metodologias respeitáveis, e que o BC analisa núcleos de inflação que desconsideram itens voláteis na definição dos juros básicos.
“O Banco Central avalia os núcleos de inflação, muitas vezes desconsiderando a volatilidade de certos preços. A análise dos núcleos leva em conta efeitos sazonais, comportamentos específicos devido a choques externos, como condições climáticas. O BC possui uma metodologia para observar os núcleos de inflação que se alinham com o que o vice-presidente propõe”, explicou Haddad.
Fonte: Agência Brasil
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