Governo de SP vende 32% das ações da Sabesp

A Privatização da Sabesp: Um Novo Capítulo no Setor de Saneamento em São Paulo

O governo paulista finalizou nesta terça-feira (23) o processo de privatização da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo (Sabesp) na Bolsa de Valores B3. A operação resultou na venda de 32% das ações da companhia por R$ 14,7 bilhões, fazendo com que o governo detenha agora 18,3% da empresa, uma redução significativa em relação aos 50,3% que possuía anteriormente.

O Desenrolar da Transação

Do percentual de ações vendidas, 15% foram adquiridas pela Equatorial Participações e Investimentos por R$ 6,9 bilhões, tornando-se a investidora de referência da Sabesp. Os 17% restantes foram comprados por pessoas físicas, jurídicas e funcionários da empresa, totalizando R$ 7,8 bilhões em receita para o governo paulista. O valor unitário de cada ação foi de R$ 67, abaixo do preço atual de R$ 87 e superior aos R$ 53 iniciais do processo de privatização em fevereiro de 2023.

Impacto da Privatização e Novas Diretrizes

Com a conclusão da privatização, novas metas de universalização do saneamento em São Paulo foram antecipadas para 2029, com um investimento previsto de R$ 69 bilhões até esse ano. Isso permitirá levar serviços de água potável, tratamento e coleta de esgoto a toda a população. Além disso, entrou em vigor uma tarifa reduzida, com descontos de 10% para tarifas sociais e vulneráveis, 1% para residenciais e 0,5% para outras categorias.

Equatorial Como Investidora de Referência

A Equatorial foi a única empresa a se apresentar como investidora de referência da Sabesp, com direito a indicar três membros no Conselho de Administração. O Governo de São Paulo terá outras três indicações, enquanto mais três serão independentes. A Equatorial já atua no setor de saneamento no Amapá, atendendo aproximadamente 800 mil pessoas, enquanto a Sabesp presta serviços a 375 municípios e 28 milhões de clientes em São Paulo.

De acordo com o Acordo de Investimentos, a Equatorial não poderá vender suas ações até dezembro de 2029, considerando a conclusão dos investimentos de universalização do saneamento. Além disso, está vetada de participar em projetos concorrentes da Sabesp em municípios paulistas.

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