
Pix deve permanecer sob gestão pública, afirma presidente do Banco Central
O presidente do Banco Central (BC), Gabriel Galípolo, afirmou em um evento no Rio de Janeiro que o Pix é uma infraestrutura estratégica e crítica para o país, destacando a importância de que permaneça sob gestão pública. Ele ressaltou que falsas narrativas têm procurado prejudicar uma das infraestruturas mais importantes do Brasil.
“O Pix se revela uma infraestrutura estratégica e crítica para o país. É uma segurança para o país que ele possa ser gerenciado e administrado pelo Banco Central”, afirmou Galípolo.
Manutenção da administração pública do Pix é crucial
Para Galípolo, a manutenção da administração pública do Pix é importante para impedir conflitos de interesses que poderiam surgir caso o sistema fosse gerido por empresas privadas.
“É muito importante que o Pix permaneça e vai permanecer como uma infraestrutura pública digital que foi desenvolvida pelo Banco Central. Se a gente tivesse qualquer tipo de incumbente sendo gestor do Pix, vocês imaginam os conflitos de interesse que a gente poderia ter a cada decisão de se incluir ou retirar um novo participante do sistema?”, comentou o presidente do BC.
Galípolo lamentou que o sistema de transferências instantâneas, em funcionamento desde 2020, tenha se tornado alvo de fake news. Ele ressaltou a complexidade de compreensão das informações e como elas podem ser distorcidas em debates.
Inclusão financeira e avanços sociais
O presidente do BC destacou os avanços sociais promovidos pelo Pix, ressaltando que a ferramenta facilita a inclusão financeira ao ampliar o acesso da população à infraestrutura bancária. Atualmente, o Pix conta com 858 milhões de chaves cadastradas e registra em média 250 milhões de transações diárias.
Ele negou qualquer rivalidade entre o Pix e outros meios de pagamento, destacando que a ferramenta não está provocando prejuízos aos bancos, pois as transações com cartões de crédito e débito aumentaram mais nos últimos anos do que cresciam antes do Pix.
De 2020 a 2024, o número de transações com cartões de crédito subiu 20,9%, enquanto nos dez anos anteriores, de 2009 a 2019, a taxa de crescimento estava em 13,1%.
Investigação comercial envolvendo o Pix
O Pix está incluído desde o mês passado em uma investigação comercial dos Estados Unidos contra o Brasil. Por meio do Escritório do Representante de Comércio dos EUA, o governo de Donald Trump pediu esclarecimentos ao Brasil sobre se o Pix impõe barreiras ao comércio e a instituições financeiras estadunidenses.
O órgão norte-americano quer investigar se as práticas brasileiras relacionadas ao comércio digital e às tarifas preferenciais são consideradas “irracionais ou discriminatórias”. O Brasil pode prejudicar a competitividade de empresas norte-americanas de comércio e serviços de pagamento eletrônico, de acordo com o escritório.
Fonte: Agência Brasil
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