Gaúchos lutam para retomar rotina após um mês de calamidade

Catástrofe climática no Rio Grande do Sul deixa marcas profundas um mês após decreto de calamidade

A catástrofe climática que assolou o Rio Grande do Sul ainda está longe de terminar para os gaúchos, que enfrentam os efeitos prolongados da devastação causada pelas enchentes e inundações. O decreto que reconheceu o estado de calamidade pública completa um mês, e os números ainda são alarmantes: 37,8 mil pessoas permanecem em abrigos e mais de 580 mil estão fora de casa. Aqueles que conseguiram retornar se deparam com um cenário de destruição e perdas inestimáveis.

Cenário Devastador

A catadora de material reciclável Claudia Rodrigues, moradora da região da Vila Farrapos, zona norte de Porto Alegre, relatou sua experiência ao voltar para casa: móveis revirados, ratos mortos, eletrodomésticos perdidos e lama por todo o ambiente. Em meio à situação desoladora, ela compartilhou sua dor e esperança em dias melhores.

A situação se repete em Eldorado do Sul, onde a autônoma Andressa Pires e sua família ainda não puderam retornar para casa. Com a residência úmida, suja e com muita lama, as dificuldades são muitas, desde a necessidade de limpeza até a falta de acesso a serviços básicos na região.

Vale do Taquari em Reconstrução

No Vale do Taquari, uma das regiões mais afetadas, a reconstrução é lenta. Municípios como Muçum enfrentam desafios para limpeza, desobstrução de vias e recuperação de infraestrutura. O prefeito Mateus Trojan enfatiza a importância de restabelecer a energia elétrica para que os moradores possam recuperar suas atividades produtivas.

Com a agricultura familiar como sustentáculo econômico da região, a recuperação das lavouras e empresas é essencial. Trojan destaca a busca por alternativas e incentivos para amenizar os impactos e reverter a situação, prezando pela recuperação do setor produtivo local.

Desafios na Região Sul e Serra Gaúcha

Além disso, na Região Sul do estado, alagamentos persistem, afetando comunidades como a Colônia Z3, em Pelotas. A incerteza paira sobre o setor pesqueiro, que enfrenta uma crise econômica prolongada devido às inundações.

Em Gramado, na Serra Gaúcha, os deslizamentos de terra e a presença de mais de mil desabrigados não impediram que a cidade retomasse suas atividades turísticas. O secretário de Turismo, Ricardo Bertolucci Reginato, relata a reabertura de atrativos e hotéis, embora a normalidade ainda esteja distante.

Ações de Reconstrução Emergenciais

O governo do Rio Grande do Sul e o governo federal estão mobilizados em ações de reconstrução. O Plano Rio Grande visa reparar os danos causados pelas enchentes, com foco em assistência social, empreendimentos habitacionais e desenvolvimento econômico.

Com a destinação de recursos e medidas emergenciais, como a criação do Auxílio Reconstrução e a antecipação de benefícios, as famílias afetadas buscam se reerguer. O apoio do governo é fundamental para garantir a recuperação do estado e o amparo às vítimas da catástrofe.

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