Falta de água atinge partes do Rio e Baixada

Demora na Normalização do Abastecimento de Água no Rio de Janeiro Causa Revolta

O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, expressou sua indignação com a demora na volta à normalidade do abastecimento de água na capital. Em uma postagem nas redes sociais, Paes criticou a lentidão em restabelecer o serviço após a manutenção anual do sistema de água da cidade.

Crítica à Falta de Agilidade

Paes ressaltou que é compreensível a necessidade de manutenção anual do sistema de água, porém, considera inadmissível a demora em normalizar o abastecimento após o procedimento. Segundo ele, a população, além de enfrentar transtornos em diversas áreas da cidade, hospitais e clínicas também estão sendo prejudicados pela falta de água.

Manutenção do Sistema Guandu

No dia 26 de janeiro, a Companhia Estadual de Águas e Esgotos do Rio de Janeiro (Cedae) concluiu a manutenção preventiva anual do Sistema Guandu às 22h, após iniciá-la nas primeiras horas do mesmo dia.

O prefeito determinou ao Procon Carioca que seja rigoroso com a concessionária responsável pelo serviço de água para aplicar as devidas punições. Ele destacou que, mesmo sendo uma concessão estadual, o município possui meios e instrumentos para intervir na situação.

Leilões de Concessão e Responsabilidades

Em 2021, após leilões de concessão, a Cedae passou a ser responsável pelo serviço de captação e tratamento de água no estado, enquanto a distribuição ficou a cargo das concessionárias Águas do Rio e Iguá. O tratamento de esgotos passou a ser responsabilidade da Rio+Saneamento.

Paes não especificou a quem está direcionando suas cobranças, uma vez que Águas do Rio e Iguá atendem bairros da capital e municípios da Baixada Fluminense, enquanto a Rio+Saneamento é responsável pelos bairros da zona oeste.

Retomada Gradativa do Abastecimento

A Cedae informou em seu site que, após a conclusão da manutenção, a retomada do abastecimento está sendo feita de forma gradativa. A empresa destacou que o sistema alcançou 100% da capacidade na quinta-feira (28) e que o prazo para normalização do abastecimento será informado pelas concessionárias responsáveis pelas respectivas áreas de atuação.

No entanto, moradores de diversos bairros do Rio e cidades da Baixada Fluminense continuam relatando a falta de água, o que foi agravado pelo rompimento de uma adutora do Sistema Ribeirão das Lajes, causando inclusive uma tragédia com o desabamento de uma casa e uma vítima fatal.

Posicionamento das Concessionárias

A Águas do Rio informou que o prazo para regularização do fornecimento de água nas áreas afetadas é de 72 horas, com previsão de normalização até sábado (30). A concessionária ressaltou que o processo de recuperação é gradual e que áreas mais elevadas e nas extremidades da rede de distribuição podem levar mais tempo para ter o abastecimento restabelecido.

Já a Iguá comunicou que o abastecimento na zona leste da capital fluminense está em processo de retomada, com água sendo restabelecida em todos os bairros. A empresa também está disponibilizando caminhões pipa, priorizando locais como hospitais e clínicas.

Recomendações e Contatos

Diante da situação, as concessionárias recomendam que os clientes utilizem a água de cisternas e caixas d’água somente para atividades essenciais, adiando aquelas que demandam alto consumo até a normalização do fornecimento. Caso necessário, estão disponíveis caminhões pipa, com prioridade para unidades de saúde.

Até o momento, as concessionárias não se manifestaram sobre as críticas do prefeito, e o Procon Carioca também foi contatado para comentar sobre as medidas adotadas diante das cobranças de Eduardo Paes.

*Texto atualizado às 19h para inclusão de informações da concessionária Iguá

Fonte: Agência Brasil

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