
Estados Unidos oficializam saída da Unesco
Os Estados Unidos oficializaram nesta terça-feira (22) a saída da Organização Mundial da Saúde (OMS) e suspenderam o financiamento da ajuda internacional. Agora, sob a administração de Donald Trump, o país dá mais um passo e se retira pela segunda vez da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
Decisões polêmicas
A decisão de retirada dos EUA da Unesco não é inédita. Durante o primeiro mandato de Trump, em outubro de 2017, o país já havia abandonado a organização. No entanto, essa decisão foi revertida por Joe Biden em junho de 2023.
Segundo a porta-voz do Departamento de Estado, Tammy Bruce, a Unesco é criticada por promover causas consideradas divisórias e manter um foco desproporcional nos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU, que vão de encontro aos interesses nacionais dos EUA.
Posições anti-Israel
Washington justificou sua saída da Unesco devido às posições consideradas anti-Israel pela organização, além do apoio a causas culturais e sociais vistas como “divisórias” e “politicamente corretas”. A aceitação do Estado da Palestina como membro é citada como um dos pontos problemáticos.
“A decisão da Unesco de admitir o Estado da Palestina como Estado-membro é altamente problemática, contrária à política dos Estados Unidos e contribuiu para a proliferação de discursos hostis a Israel dentro da organização”, afirmou Bruce.
Compromisso com os interesses nacionais
A vice-porta-voz Anne Kelly afirmou em entrevista ao New York Post que Donald Trump está comprometido em priorizar os interesses nacionais e garantir que a participação dos EUA em organizações internacionais esteja alinhada com esses interesses.
Segundo Kelly, o presidente decidiu retirar os Estados Unidos da Unesco devido ao apoio a causas culturais e sociais consideradas divisórias e politicamente corretas, que vão contra as políticas votadas pelos americanos em novembro.
Lamentável, mas esperada
A diretora-geral da Unesco, Audrey Azoulay, lamentou profundamente a decisão dos EUA em se retirar da organização. Em comunicado, a Unesco admitiu o impacto da decisão norte-americana nas missões, mas afirmou que será menos significativo do que no passado.
“Por mais lamentável que seja, este anúncio era esperado e a Unesco estava preparada”, afirmou Azoulay.
A Unesco reconhece a adaptação necessária na ausência de um dos seus membros fundadores no passado e garante que, nesta fase, não estão previstas demissões devido à saída dos EUA.
Impacto financeiro
Atualmente, os EUA contribuem com cerca de 8% do orçamento total da Unesco, um valor consideravelmente menor do que os 20% que contribuíam antes da primeira saída do país da organização. A decisão de Trump reflete em uma mudança significativa na participação dos EUA em organizações internacionais.
Fonte: Agência Brasil
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