Estudantes no RS sem aula por tempo indeterminado: “pior que pandemia”

Chuvas no Rio Grande do Sul afetam milhares de alunos e escolas

Milhares de crianças e adolescentes continuam fora das escolas no Rio Grande do Sul desde que fortes chuvas devastaram o estado em maio. Na rede estadual de educação, 27 escolas permanecem fechadas e mais de 8,4 mil estudantes estão sem aulas. Segundo dados da Secretaria Estadual de Educação, 36 mil estão em sistema de ensino remoto.

Impacto nas redes municipais

Na rede municipal de educação de Porto Alegre, há 7 mil alunos sem aulas e 14 escolas municipais ainda estão sem condições de uso devido aos alagamentos. Em Canoas, uma das cidades mais atingidas, apenas oito das 44 escolas municipais retomaram as atividades a partir de terça-feira (18). Seis escolas voltam na próxima semana e 30 ainda precisam passar por limpeza ou são usadas como abrigos.

Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul

Uma das escolas que voltaram às aulas recentemente foi a Escola Municipal de Ensino Fundamental Rio Grande do Sul, no bairro Mato Grande. A água invadiu salas, destruindo parte da biblioteca e do material didático. Cerca de 60% dos alunos retornaram, enquanto outros estão alojados em municípios vizinhos.

Depoimentos emocionados

A mãe da pequena Maria Luiza, de 7 anos, relatou a importância para a filha de retornar à escola. Da mesma forma, a dona de casa Janete da Silva Campos falou sobre a dificuldade enfrentada pelos seus três filhos, que estão sem aulas.

Situação crítica nas escolas de Canoas

A Agência Brasil visitou a Escola Municipal de Ensino Fundamental Thiago Würth, que atendia 1,3 mil alunos antes das enchentes. Atualmente, a escola aguarda limpeza e remoção de entulho para retomar as atividades.

Esforços e parcerias para a retomada das aulas

O secretário municipal de Educação de Canoas informou que espera que todas as escolas retomem as atividades até a metade do mês de julho. O governo gaúcho iniciou a entrega de mobiliário e o Ministério da Educação flexibilizou o calendário escolar. Além disso, o MEC disponibilizou recursos para reposição de material pedagógico perdido nas chuvas.

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