Decisão do Copom de Elevar Taxa Selic Recebe Críticas do Setor Produtivo
A decisão do Comitê de Política Monetária (Copom) de elevar a taxa Selic (juros básicos da economia) em 1 ponto percentual e indicar mais duas altas da mesma magnitude recebeu críticas do setor produtivo. Entidades do comércio, da indústria e centrais sindicais, além de políticos, consideram que os juros altos prejudicarão o emprego e a recuperação da economia.
Reações do Setor Industrial e Comercial
Em nota, a Confederação Nacional de Indústria (CNI) classificou a decisão do Banco Central (BC) de “incompreensível” e “injustificada”. Para a entidade, a elevação não faz sentido após a queda da inflação em novembro e o anúncio do pacote para corte de gastos obrigatórios.
A Associação Paulista de Supermercados (Apas) observou que a elevação da Selic era esperada e ajudará a conter a inflação, mas ressaltou que prejudica a produção e o consumo. A Associação Comercial de São Paulo (ACSP), por sua vez, não criticou a decisão, afirmando que está em linha com as expectativas do mercado.
Posicionamento da Presidenta do PT
A presidenta nacional do PT, deputada Gleisi Hoffmann, criticou a alta da Selic, considerando-a irresponsável e desastrosa para o país. Hoffmann destacou que a decisão não faz sentido em um momento em que o crescimento econômico é necessário, além de questionar os impactos fiscais dessa elevação.
Opinião das Centrais Sindicais
As centrais sindicais também se mostraram contrárias à decisão do Copom. A CUT considerou um erro a elevação da Selic, apontando que juros mais altos não resolvem questões como o aumento do preço dos alimentos. A Força Sindical chamou o aumento de juros de “um remédio errado e desnecessário”, cobrando mais sensibilidade do governo em relação a políticas sociais.
Decisão do Copom e Próximos Passos
Em comunicado, o Copom justificou a elevação da taxa Selic acima do previsto devido às incertezas externas e aos ruídos provocados pelo pacote fiscal do governo. O órgão informou que pretende elevar a taxa em 1 ponto percentual nas próximas duas reuniões, em janeiro e março, caso os cenários se confirmem. Os próximos encontros serão comandados pelo futuro presidente do BC, Gabriel Galípolo.
Fonte: Agência Brasil
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