
Em entrevista à Agência Brasil, Bia Nunes ressalta a importância dos quilombos na preservação ambiental ao longo dos anos. Segundo ela, as comunidades quilombolas mantêm e preservam seus territórios, contribuindo para a justiça climática.
Bia Nunes destaca que as ações da Acquilerj têm como objetivo dar visibilidade às comunidades quilombolas no estado do Rio de Janeiro, mostrando como cultivam a terra, preservam as matas e a Mata Atlântica. Além disso, a organização trabalha pela regularização dos territórios, sendo que apenas três das 54 comunidades quilombolas no estado possuem título de posse.
Entre as comunidades com título de posse, Bia Nunes menciona o Quilombo de Marambaia em Mangaratiba, o de Preto Forro em Cabo Frio e o de Campinho em Paraty. No entanto, ela denuncia que para agilizar a titulação, as comunidades são pressionadas a ceder grandes áreas de terra, o que caracteriza uma chantagem emocional e psicológica.
Fortalecimento
A presidente da Acquilerj destaca o fortalecimento dos territórios quilombolas e da agenda ambiental que essas comunidades praticam há séculos. Bia Nunes lamenta a baixa representatividade quilombola na COP30 devido à falta de convites oficiais, o que limita a participação dos quilombos no evento.
Diante dessa situação, Bia Nunes ressalta a importância da I Cúpula das Vozes Quilombolas pelo Clima no Rio de Janeiro. Neste evento, as comunidades terão espaço para discutir os impactos da crise climática em seus territórios, o direito à terra e a preservação ambiental.
Além das comunidades quilombolas, a cúpula contará com a presença de organizações da sociedade civil e representantes do poder público. Será lançado durante o evento o Fórum Itinerante Cuidar da Terra é Cuidar da Gente: A Luta Quilombola pela Mata Atlântica, uma iniciativa da Acquilerj para fortalecer o debate climático e os direitos das comunidades em diferentes regiões do estado.
As inscrições para a cúpula no Rio de Janeiro estão abertas e podem ser feitas no seguinte endereço: https://bit.ly/CupulaVozesQuilombolas.
Fonte: Agência Brasil
Já segue o macuxi nas redes sociais? Acompanhe todas as notícias em nosso Instagram, Twitter, Facebook, Telegram e também no Tiktok









